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Prefeito de Campo Grande é afastado do cargo

Dezesseis pessoas, entre vereadores, ex-vereador e empresários tiveram os celulares apreendidos

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) deflagrou nesta terça-feira, 25, mais uma fase da Operação “Coffee Break”, que culminou no afastamento do prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP) do cargo. A determinação partiu da Justiça, após ser formalizada na Procuradoria-Geral do Município.

Conforme o coordenador do Gaeco, procurador Marcos Alex Vera de Oliveira, o afastamento foi comunicado ao procurador-geral do Município, Fábio Castro Leandro.

O desembargador Luiz Carlos Bonassini da Silva, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), determinou a apreensão dos telefones celulares de Olarte, que também está proibido de se aproximar da Prefeitura.

Além do afastamento de Olarte, outras 16 pessoas tiveram os aparelhos celulares apreendidos, entre eles estão vereadores e empresários. Eles foram encaminhados para a delegacia, por meio de conduções coercitivas, ou seja, são obrigados a prestar depoimento.

Os suspeitos são investigados por crimes de corrupção passiva e ativa, além da compra de votos na Câmara Municipal.

Os vereadores que tiveram os celulares apreendidos são: Mario Cesar, Edil Albuquerque (PMDB), Airton Saraiva (DEM), Waldecy Batista Nunes, o Chocolate (PP), Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB), Edson Shimabukuro (PTB), Paulo Siufi (PMDB), Eduardo Romero, Flavio Cesar e Otávio Trad, do PTdoB, e Gilmar da Cruz (PRB).

O secretário municipal de Saúde, Jamal Mohamed Salem e o ex-vereador Alceu Bueno, também estão entre os envolvidos na investigação.

Já os empresários com celulares apreendidos são: João Amorim (Proteco), João Baird (Itel Informática) e Fábio Portela Machinski.

O promotor informou que a ação é um desdobramento da operação Lama Asfáltica. Conforme ele, a prova compartilhada junto com a investigação do Gaeco permitiu a operação.

O nome da operação “Coffee Break” refere-se à senha “tomar um café”, utilizada para pagamento de propina, envolvendo a votação em que os vereadores cassaram o então prefeito Alcides Bernal (PP). As denúncias foram apontada nas gravações da “Lama Asfáltica”, realizada dia 9 de julho deste ano pela Polícia Federal, para investigar o esquema de fraudes com empreiteiras, servidores e parte da cúpula ex-gestão estadual.

O novo prefeito de Campo Grande deve ser o vereador Flavio Cesar. Ele e o procurador geral de Campo Grandepio, Fábio Leandro, anunciarão os novos chefes do Executivo e do Legislativo.

O Gaeco é um braço do Ministério Público Estadual (MPE). (Com informações do Campo Grande News)

 

* Matéria editada para inclusão de informações, às 12h30