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Com o objetivo de diagnosticar a presença da doença febre maculosa nas capivaras que vivem na Lagoa Maior, CCZ inicia pesquisa este mês

Estima-se que 50 capivaras vivem próximas a Lagoa Maior, em Três Lagoas

O Centro de Controle de Zoonoses de Três Lagoas estima que aproximadamente 50 capivaras vivem próximas à Lagoa Maior, em Três Lagoas, e outras 30 na lagoa da empresa de celulose Fibria. A existência dessa quantidade de animais vem preocupando o CCZ, por conta do carrapato estrela, que é o transmissor da febre maculosa – doença infecciosa, febril aguda.

Com o objetivo de quantificar o número de capivaras contaminadas pela doença, a unidade inicia este mês um estudo, em parceria com Fibria, para capturar os carrapatos que ficam hospedados nas capivaras. Para isso, serão utilizadas armadilhas feitas com TNT e armadilhas luminosas para atrair os carrapatos, estas cedidas pela Fibria.

De acordo com o coordenador do CCZ, Christovan Bazan, a pesquisa é dividida em três etapas, sendo a primeira, a coleta dos carrapatos e mais rápida, em seguida, o material é enviado para a Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) que, por fim, analisa em laboratório o material e diagnostica se as capivaras estão ou não contaminadas pela doença da febre maculosa. Segundo informou Bazan, o município não tem nenhum registro da doença, até o momento.

O coordenador da unidade ressalta que as capivaras só apresentam perigo à sociedade se caso elas forem portadoras da doença. “Se elas não estiverem contaminadas, então os carrapatos não transmitirão a doença ao homem”, conclui.

A Secretaria de Saúde do Estado informou ao Jornal do Povo que Mato Grosso do Sul não tem registrado nenhum caso nos últimos anos.

DOENÇA

A febre maculosa brasileira é uma doença infecciosa, febril aguda, que pode levar à morte. A transmissão da doença se dá por uma bactéria do gênero rickettsia, transmitida por carrapatos popularmente conhecido como “carrapato estrela”. Os sintomas mais comuns são febre elevada, náuseas, vômitos, mal-estar generalizado, dor de cabeça (cefaleia) e dor muscular (mialgia). O tratamento é feito com antibióticos e deve ser iniciado imediatamente. Se o paciente é tratado nos primeiros cinco dias da doença, a febre geralmente regride entre 24 e 72 horas, após o início do uso apropriado de antibióticos.