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Maracaju

Paranaíba: Frigorífico assume planta desativada e contrata trabalhadores do Marfrig

Ao todo, 210 trabalhadores foram recontratados pela empresa, que, em três dias, abateu aproximadamente 270 bovinos

Na quarta-feira (30) o frigorífico Total S/A iniciou os abates em Paranaíba. No primeiro dia foi apenas um abate de teste com 20 cabeças; na quinta-feira foram 74; e na sexta-feira 175 cabeças. Conforme a empresa, a expectativa é que até o final deste ano a capacidade máxima seja atingida, que é de 600 cabeças por dia.

Maria Tania da Silva Alves, contadora do Total S/A, explicou que atualmente são 210 funcionários, mas conforme for aumentando os abates, serão contratados mais funcionários. “Ainda estamos contratando, e dando prioridade para o pessoal que já trabalhava na empresa”, disse.

O mercado, destacou a contadora, é que será o regulador dos trabalhos, conforme a demanda aumentar a fábrica vai ficando em mais condições de rodar, com isso, até o final deste ano, eles esperam já estar com a capacidade máxima. “Comprando normalmente a gente vai comprando gradativamente, conforme o mercado oferecer, tanto na compra como na venda”, observou.

Nestas primeiras semanas a carne não está saindo desossada, e é enviada para os Estados de São Paulo e Rio de Janeiro, mas o objetivo é que com o decorrer da liberação de licenças, a carne seja exportada, já que a planta de Paranaíba é licenciada para isso.

“A empresa espera o apoio, assim como tem encontrado, da população de Paranaíba, para que a gente possa manter o quadro de funcionários, assim como o apoio dos pecuaristas dando credibilidade para empresa, para que o frigorífico continue em funcionamento”, finalizou.

Os interessados em trabalhar no frigorífico devem deixar o contato no próprio local, onde existe uma pessoa responsável em receber todos os currículos. Os telefones de contato são 3668 4900.

Recuperação

A Total S/A conseguiu na Justiça uma ação de despejo para que o Marfrig desocupasse a planta frigorífica de Paranaíba em 30 dias. O frigorífico Marfrig fechou a unidade de Paranaíba afirmando que o motivo seriam necessidades mercadológicas e argumentou junto ao sindicato que representa a categoria que havia falta de bovinos na região para abate. A informação pegou os funcionários e a cidade de surpresa, já que a planta de Paranaíba estava trabalhando com uma média alta de abate, em torno de 600 animais por dia. Todos os funcionários foram demitidos e as atividades do Marfrig foram encerradas em Paranaíba no dia 17 de agosto.

Após uma recuperação judicial, a Total S/A estava em condições de tocar o negócio por conta própria, motivo pelo qual, segundo Geraldo Prearo, em abril de 2.014, a Total S/A comunicou o Marfrig sobre a intenção de pegar as plantas de volta, assim que terminasse o contrato em dezembro de 2.014. Em lugar de devolver as plantas arrendadas, o Marfrig entrou com uma ação renovatória na Justiça de Goiás, onde fica a sede do Grupo Total S/A, antigo Margem.