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Três Lagoas

Comerciante é preso com cinco armas de fogo sem registro

Empresário também é acusado de efetuar disparos em via pública

Um comerciante de 48 anos foi preso pela Seção de Investigações Gerais (SIG) acusado de posse ilegal de arma de fogo, contrabando e disparo de arma de fogo em via pública. A prisão aconteceu na manhã desta quinta-feira, durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão, na residência do suspeito, localizado no bairro Jupiá.

No entanto, o caso vinha sendo investigado há pelo menos duas semanas. De acordo com o delegado Thiago Passos, da SIG, há 15 dias, a Polícia Civil registrou dois casos de disparo de arma de fogo próximo a um terminal de carga e descarga existente no bairro. Em um dos casos, as câmeras de segurança filmaram o suspeito dos tiros em uma caminhonete F-250 de cor preta. As imagens e os dados coletados pelos investigadores levaram a polícia até o comerciante, que residente no mesmo bairro. “Depois disso, entramos com pedido de busca e apreensão na Justiça, que foi expedido há alguns dias. Mas optamos aguardar o momento certo, o que aconteceu na manhã de hoje”, completou o delegado.

Passos explicou que, aos investigadores que participaram da ação, o comerciante confessou ter armas em casa e também ser o autor dos disparos. O crime teria sido motivado pelo fato de o aumento no tráfego de caminhões no bairro em decorrência do terminal existente no local, que tem gerado buracos nas vias. Além disso, as composições de trem também estariam, com frequência, fechando a entrada do bairro. “Ele também afirma que um motorista ter ‘fechado’ a filha dele no trânsito”.

Na casa do acusado, onde também funciona um restaurante, os policiais apreenderam cinco armas de fogo: duas espingardas (calibres 20 e 28) e três revólveres (dois de calibre 38 e um de calibre 22), todas sem o registro obrigatório. Também foram apreendidas munições de diversos calibres, entre novas e deflagradas, sendo três delas importadas, o que caracterizou, segundo o delegado, crime de contrabando.

O suspeito foi preso e encaminhado para a Cadeia Pública do município, situada na 1ª Delegacia de Polícia. Thiago Passos explicou que, como as penas dos delitos ultrapassam quatro anos, a Polícia Civil não pode arbitrar fiança, o que pode ser feito somente em audiência na Justiça. Caso não seja estipulada fiança, o comerciante deverá ser encaminhado para a Penitenciária de Segurança Média, de Três Lagoas.