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Três Lagoas

Bancários completam dez dias em greve

Categoria não tem previsão de quando as agências serão reabertas

A greve dos bancários completa nesta quinta-feira dez dias, e sem previsão de reabertura das agências. De acordo com a presidente do Sindicato dos Bancários de Três Lagoas, Thelma Canisso, a última rodada de negociação ocorreu no dia 25 de setembro, na qual a proposta foi recusada, e, até o momento, nenhuma nova reunião foi marcada. “Tivemos cinco rodadas de negociação em setembro. A última delas foi no dia 25, quando o banco apresentou a proposta de 5,5% [de reajuste salarial] e R$ 2,5 mil de piso, o que é 4% abaixo da inflação. Hoje entramos no décimo dia de paralisação e não recebemos resposta. Estamos aguardando e, enquanto isso, as agências bancárias permanecerão fechadas”, destacou.

Em Três Lagoas, são 11 agências bancárias com atendimento suspenso em decorrência da greve, o que corresponde a uma adesão de 100%. Já no restante da região que pertence à área de atuação do sindicato local, a adesão foi de mais de 90%. Das 38 agências bancárias existentes, 32 fecharam as portas. Além de Três Lagoas, onde está a sede do sindicato, a adesão foi total em cidades como Cassilândia, Paranaíba e Chapadão do Sul. Em Aparecida do Taboado, duas, das quatro agências, aderiram ao movimento. Em Selvíria, a única agência bancária também teve os serviços suspensos.

&saibaSomente nas agências bancárias de Três Lagoas são aproximadamente 180 bancários de braços cruzados. A presidente do Sindicato reforçou que, além da questão salarial, a categoria também reivindica o fim do assédio moral através de metas abusivas e a contratação e abertura de concursos para aumentar o quadro de profissionais. “Não se resume apenas em questão salarial, nós também estamos reivindicando mais contratações para dar melhor atendimento à população”.

Thelma explicou que não há como estimar quantos funcionários a mais seriam necessários nas agências de Três Lagoas. Tal estimativa, completou, demandaria um levantamento em todas as agências, levando em consideração número de profissionais e número de clientes.  “Mas, basta partir desse princípio, se a agência bancária não consegue cumprir a Lei dos 15 minutos e o cliente fica por horas na fila de espera, é porque ela precisa de mais bancários”, completou.

Enquanto os bancários continuam em greve, os clientes podem procurar outros serviços, entre eles, os terminais eletrônicos, serviços pela internet e casas lotéricas. Os bancários pedem reajuste salarial de 16% com piso de R$ 3.299,66.

As negociações são feitas entre sindicato dos bancários e Federação Brasileira de Bancos (Febraban).