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Iniciativa popular de redução de salários seria rejeitada hoje

Enquete realizada entre vereadores aponta que projeto não teria votos suficientes para ser aprovado

Uma enquete realizada ontem à noite pela reportagem constatou que a maioria dos 17 vereadores da Câmara de Três Lagoas rejeita a proposta de iniciativa popular, em andamento na cidade, de redução dos salários, fixado atualmente em R$ 10 mil, fora benefícios como combustível, diárias para viagens, verbas de representação e gastos com funcionamento de gabinete e assessoria.

Dez parlamentares se declaram contra a proposta; dois se disseram indecisos e um admitiu a redução, desde que também haja cortes nos salários de deputados estaduais.

Entre a maioria, vereadores como Gilmar Leite, o Gil do Jupiá (PSB), e Kleber Carlos Carvalho, o Klebinho (PPS), além do atual presidente da Casa, Jorge Aparecido Queiroz (PSDB), citam que o pagamento de salários de vereadores é regulado pelo repasse de dinheiro pela prefeitura (duodécimo). Para eles, se há uma regulamentação constitucional do repasse de até 6% do orçamento do Executivo à Câmara, os salários devem acompanhar.

A vereadora Vera Helena (PMDB) citou que a redução de salários implicaria numa mudança da verticalidade de salários entre deputados estaduais e vereadores, hoje fixada em até 50%. 

Para Jurandir Viana, o Nuna (PMDB), e Apóstolo Ivanildo Teixeira (PSB), além de Jorge Martinho (PSD), o salário atual é correto “para vereadores que fazem jus ao que ganham”. A mesma opinião é de Antonio Luiz Teixeira Empke, o Tonhão, do PMDB.

Em discurso, ao tratar do assunto pela primeira vez, Martinho incitou “quem [vereador] que for contra o salário, que pegue sua mala e vá se embora”. 

O vereador Adão José Alves, o Adão da Apae (PMDB), e o petista Idevaldo Claudino preferiam não opinar. Apenas disseram que a iniciativa popular deve ser levada a plenário para discussão e votação.

Para Gilmar Garcia (PSB), a redução do salário poderia ocorrer sob condições. “Primeiro devem acabar com as vantagens dos cargos, como o auxílio paletó, pago a deputados”.

O vereador Roberto Araújo (PSD) se negou a falar do assunto. Nilo Cândido (PDT), Welton da Silva, o Irmão (PRB), Marcus Vinicius Bazé (DEM) não quiseram se manifestar. A vereador Marisa Rocha (PSD) não foi localizada.