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Opinião

EDITORIAL: Não importa se estrangeiro ou nacional

O que importa, neste exato momento de crise, é a vinda para a região de investimentos do capital nacional e estrangeiro

Um  grande impasse que tem atrapalhado a produção nacional no campo é o estabelecimento de limites para a aquisição de terras no país por estrangeiros, os quais devem observar um limite que a lei impõe, mas que acaba atrapalhando a implantação de grandes empreendimentos no agronegócio. Esse tema estrou em fase de evolução depois de reunião entre técnicos do Ministério da Agricultura, Advocacia Geral da União e presidente e vice da Comissão Parlamentar da Silvicultura, os quais estão tratando de mudanças nas regras para flexibilizar essas restrições. Dão notícia de investimentos na ordem de R$50 bilhões ficaram represados por conta dessa limitação. Na região do Bolsão, o município de Inocência praticamente é penalizado há três anos passados por causa da limitação para a aquisição de largas faixas de terras por estrangeiros. Chilenos pretendiam desenvolver um projeto industrial de produção de madeira processada. Falou-se inclusive de mais uma fábrica de celulose cujos investimentos seriam liderados por empresa portuguesa, que considerou o aproveitamento de terras em Inocência e também as da região de Batagassu e Santa Rita do Pardo. Outro projeto para a implantação de uma fábrica de celulose amadurece no município de Ribas do Rio Pardo, enquanto que em Água Clara deu-se início a construção de uma fábrica para industrialização da madeira, que produzirá placas de MDF. O fato é que as terras de Mato Grosso do Sul, principalmente, as compreendidas no eixo Três Lagoas- Ribas do Rio Pardo e Três Lagoas – Inocência-Selvíria até alcançar Paraiso das Águas e adjacência alcançando os fundos dos municípios de Água Clara e Paranaíba, estão vocacionadas para a silvicultura. A implantação de florestas para a produção de madeira propiciará incremento para a economia, uma vez que indústrias moveleiras poderão ser instaladas na região e gerar consequentemente, mais emprego e renda. Muita madeira aqui será beneficiada e certamente terá como destino, países da Europa e Estados Unidos. As condições climáticas do Brasil fazem a diferença considerando-se o tempo de crescimento até o corte dos eucaliptos aqui plantados. Portanto, temos que torcer para que o Congresso Nacional aprove a nova lei o mais rápido possível e em consonância com o Poder Executivo, de modo que a proposta aprovada não venha ser objeto de veto. O que importa, neste exato momento de crise, é a vinda para a região de investimentos do capital nacional e estrangeiro. Não importa a nacionalidade. É preciso fazer que terras mal aproveitadas, ociosas, tornem-se produtivas.