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Três Lagoas

Diretor do Sest-Senat reage a ameaça de ‘confisco’ de receita

O diretor do órgão de Três Lagoas disse que a ideia do Ministério da Fazenda é “no mínimo, questionável”

A pretensão do governo federal de retirar mais 30% da arrecadação compulsória feita por empresas de todo o país ao Sistema S, em andamento no pacote do ajuste fiscal, causa reações na unidade do Sest-Senat de Três Lagoas. O diretor do órgão na cidade, Celso Vicente Pereira, disse que a ideia do Ministério da Fazenda é “no mínimo, questionável”.

Pereira fez um discurso de cinco minutos, anteontem, na tribuna da Câmara de Três Lagoas, para tentar chamar a atenção de vereadores ao problema. Segundo ele, dirigentes do Sesi, Senac, Sebrae do Sest-Senat, além de outros organismos que compõem o Sistema S, estão ampliando manifestações semelhantes junto a políticos para evitar a retenção do recurso.

O diretor explicou que o recolhimento de 2,5% sobre o faturamento, pelas empresas, deve ser aplicado em benefícios ao trabalhador. “É uma arrecadação feita pelas empresas em benefício de seus empregados, para capacitação e oferecimento de serviços”, disse. 

O governo, porém, busca ampliar sua fatia no bolo de arrecadação para combater rombo no orçamento federal. Celso Pereira, contudo, evitou classificar a intenção de apropriação. “Não sei se trata de uma apropriação indébita, mas é, no mínimo, questionável”, afirmou.

Nenhum vereador manifestou interesse direto pelo assunto, após o discurso de Pereira.