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MS é o primeiro estado do Brasil em crescimento industrial

Dados foram apresentados pelo presidente do Sistema Fiems em reunião com a imprensa na manhã desta terça-feira (16) em Campo Grande

Reunião do Sistema Fiems com a imprensa do estado realizada nesta terça-feira (16) em Campo Grande - Foto: Gerson Wassouf/CBN-CG
Reunião do Sistema Fiems com a imprensa do estado realizada nesta terça-feira (16) em Campo Grande - Foto: Gerson Wassouf/CBN-CG

O Sistema Fiems realizou um encontro com a imprensa nesta terça feira (16) para apresentar dados sobre o setor industrial de Mato Grosso do Sul e as ações realizadas para incentivar a economia no estado. Entre as informações apresentadas no evento, MS se mostra como o maior estado do Brasil em crescimento industrial nos últimos 14 anos e a expectativa é que o setor termine 2023 com mais de 150 mil trabalhadores formais e cerca de 6,5 mil empresas ativas.

Os números foram apresentados pelo presidente da Fiems, Sérgio Longen, que destacou que o setor industrial de MS vem crescendo com uma taxa nominal média de 15,3% ao ano e, com isso, fez o caminho inverso se comparado ao desempenho nacional.

"Enquanto a indústria do MS aumentou sua participação no PIB estadual de 17% para 21%, a indústria nacional teve sua participação no PIB brasileiro reduzida de 27% para 23%. E com esse crescimento, o estado vai encerrar 2023 com 6,5 mil empresas ativas", afirma.

Ainda de acordo com o presidente do Sistema Indústria, estão previstos 11,6 mil novos empregos até 2028 em Mato Grosso do Sul.

Ao longo dos próximos anos, as vagas estarão divididas em todas as regiões to estado, como:

Corumbá, com a ampliação da produção de minério de ferro (Grupo J&F) – 600 empregos entre 2023 e 2025;

Anaurilândia, com a reativação da usina sucroenergética, antiga Usina Aurora (Grupo Agroterenas) – 650 empregos em 2024;

• Paranaíba, com nova usina sucroenergética – Usina Cedro (Grupo Pedra Agroindustrial) –  1,2 mil empregos em 2024; e com nova usina sucroenergética (Grupo Coruripe) – 600 empregos entre 2024 e 2026;

• Dourados, com a ampliação de usina de etanol de milho (Inpasa) – 250 empregos entre 2023 e 2024; e com a ampliação da capacidade de abate de suínos de 5 mil para 10 mil animais/dia (JBS Seara) – 2 mil empregos entre 2023 e 2025;

• Maracaju, com a construção de usina de etanol de milho (Neomille) – 150 empregos entre 2023 e 2024.

• Ribas do Rio Pardo, com nova fábrica de celulose (Suzano) – 3 mil empregos entre 2023 e 2025;

• Inocência, com nova fábrica de celulose (Arauco) – 2,3 mil empregos entre 2025 e 2028;

• São Gabriel do Oeste, com a ampliação da capacidade de abate de suínos de 3,2 mil para 5,2 mil animais/dia (Aurora) – 900 empregos entre 2023 e 2024;

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor do segmento industrial que mais emprega em Mato Grosso do Sul é o de frigoríficos e produtos de carne, com mais de 32 mil empregados e 130 empresas ativas; o segundor maior empregador é o da industria da construção, com cerca de 28 mil empregados em mais de duas mil empresas; e o setor da indústria sucroenergética fecha o top 3, com 20 mil empregados e 17 empresas em operação.

A apresentação do panorama econômico de MS também mostrou que a industria tem o segundo maior número de trabalhadores formais por setor no estado, com 142,4 mil profissionais, ficando atrás apenas da área de serviços, que possui 228,8 mil trabalhadores. Os outros setores são o de comércio e o agro, com 140,5 mil e 85,3 mil trabalhadores, respectivamente.

"Não há nenhuma empresa hoje no estado que não esteja contratando ou um empresários que não esteja atrás de profissionais, e o número de vagas vai continuar aumentando nos póximos anos. Nesse momento a gente vive um apagão da mão de obra, é difícil de se equilibrar o benefício social que as pessoas recebem, com a vontade de se especializarem, e por isso nós proporcionamos grandes oportunidades de qualificação, grande maioria delas gratuitas. É necessário uma parceria para que a gente consiga levar o conhecimento necessário para os beneficiários de programas sociais entrarem prontos no mercado de trabalho", explicou o presidente da Fiems, Sérgio Longen, ao falar da grande dificuldade do setor industrial atualmente em MS.

Investimento

O Sistema Fiems oferece, por meio das unidades integradas SESI (Serviço Social da Indústria), SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) e IEL (Instituto Euvaldo Lodi), educação básica e profissional, além de capacitação empresarial para a população do estado.

No encontro, o presidente Sérgio Longen também apresentou a estimativa de investimento para os próximos anos. Serão injetados mais de R$ 139,7 milhões na construção, reforma e ampliação de unidades do Sesi e do Senai na Capital e no interior do Estado ao longo de 2023 e 2024 em 19 municípios.

O maior investimento será de R$ 39 milhões na construção de um Centro Integrado Sesi Senai (Ciss) em Ribas do Rio Pardo.

Calendário Mês da Indústria

Durante o evento também foi apresentanda a programação para o mês de maio, que no dia 25 comemora o Dia da Indústria.

• 18 de maio – lançamento da Corrida do Pantanal – evento em 8 de outubro em Campo Grande e expectativa de até 20 mil participantes

• 20 de maio – Ação Cidadania em Porto Murtinho – previsão de realização de cinco edições em 2023 (Campo Grande, Dourados, Ponta Porã, Rio Verde, Porto Murtinho)

• 25 de maio – reunião técnica com delegação da União Europeia – nove embaixadores em visita a Mato Grosso do Sul – melhorar a integração comercial

• 25 de maio – Gran Colar – homenagem a personalidades que contribuíram com o desenvolvimento do setor industrial de Mato Grosso do Sul

• 31 de maio – lançamento do Prêmio MS Industrial de Jornalismo