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Três Lagoas

Gravidez após os 35 anos: dores e delícias de ser mãe mais tarde

Algumas recomendações devem ser observadas

A atriz Carolina Ferraz confirmou neste fim de semana, por meio de sua conta no Instagram, que está esperando o seu segundo filho aos… 46 anos! A atriz já é mãe de Valentina, de 18 anos, e é casada com o médico Marcelo Marins, de 37. No post em que compartilhou a novidade, ela escreveu: “Estamos muito felizes e 'grávidos'!”. A mãe da atriz confirmou nesta segunda-feira que a atriz está esperando uma menina.

Carolina não é única que decidiu se aventurar (novamente) na maternidade já mais madura. Um levantamento divulgado pelo IBGE recentemente mostrou que as mulheres estão deixando para ter filhos cada vez mais tarde por conta de muitos fatores, como aumento da escolaridade e inserção no mercado de trabalho. Como toda escolha, a maternidade tardia tem seus prós e contras: cabe a cada mulher decidir o que se encaixa melhor no seu estilo de vida e se preparar para a chegada do bebê da melhor maneira possível.

Seus óvulos envelhecem junto com você. Por isso, acima dos 35 anos, a chance de que o embrião desenvolva alterações genéticas aumenta, o que pode ocasionar o aparecimento de diversas síndromes como a de Down. Além disso, mulheres mais velhas têm mais chances de desenvolver hipertensão e diabetes, que são fatores de risco para a gestação e podem contribuir para um parto prematuro. Só pode tentar o parto normal após os 35 a mulher que não apresentar nenhuma dessas condições.

Uma vez que as chances de apresentar hipotireoidismo também aumentam, o médico precisa ficar de olho no índice de TSH, hormônio produzido pela tireoide que é responsável pela formação neurológica do feto. A recomendação é seguir à risca as consultas do pré-natal, que devem ser realizadas quinzenalmente nos períodos mais críticos da gravidez: durante o primeiro trimestre e no último mês. No demais meses, uma consulta mensal é suficiente – mas não vale pular nenhum exame!

É melhor começar a tomar ácido fólico antes mesmo de engravidar. Apesar de estar presente nas folhas verdes, é de praxe receitar o nutriente em forma de suplemento, uma vez que ele previne a má-formação da medula do feto. Também é importante manter uma boa alimentação e investir em atividades físicas que possam preparar melhor o assoalho pélvico.

Caso sua ideia seja investir em procedimentos de fertilização assistida, algumas recomendações devem ser observadas. Mulheres acima dos 35 anos não devem receber mais de 3 embriões e, depois dos 40 anos são, no máximo, 4. Essa medida visa reduzir as chances de uma gestação múltipla, cujo risco de parto prematuro é mais elevado.

Se você já tem filhos e, apesar da vontade de ver um bebezinho em casa novamente, morre de preguiça só de pensar em começar tudo de novo – comprar fraldas, arranjar um novo berço, levantar à noite para amamentar… –, saiba que a maternidade “tardia” tem lá suas vantagens. A primeira delas é a estabilidade.