Veículos de Comunicação

Três Lagoas

Eldorado: Estudo da segunda linha fica pronto no fim do ano

Projeto requer investimentos de aproximadamente R$ 9 bilhões

O Estudo de engenharia básica da segunda unidade industrial da Eldorado Brasil fica pronto no final do ano, segundo o presidente da empresa, José Carlos Grubisich, que informa que pretende no início de 2015, solicitar pedidos de propostas a fornecedores de tecnologia e equipamentos, as quais deverão ser apresentadas entre junho e julho. "Tomada a decisão, são 28 meses de execução do projeto", afirmou em entrevista ao Valor Econômico.

Confiante de que o consumo mundial de celulose vai exigir um adicional de oferta de, pelo menos, 1,5 milhão de toneladas a cada ano, a Eldorado continua trabalhando no plano de implantação da segunda unidade industrial em Três Lagoas, ao lado da fábrica atual. O projeto requer investimentos de aproximadamente R$ 9 bilhões para uma linha de produção de até 2,3 milhões de toneladas por ano, plantio de florestas, ativos de logística (como locomotivas e vagões) e capital de giro.

Segundo Grubisich, há um cenário de demanda que justifica o investimento – expansão do consumo na Ásia, principalmente China, fechamento de fábricas na Europa e EUA e recuperação da economia dessas regiões. "Já temos a licença ambiental de instalação e até o fim deste mês fica pronto o estudo de engenharia básica", informou.

 Ainda de acordo com o presidente da Eldorado, a equação dos recursos também está em curso – serão R$ 3,5 bilhões dos acionistas e o restante de fontes de financiamento, como BNDES, fundo de investimento do Centro-Oeste, FI-FGTS, além de captação em agências de crédito à exportação estrangeiras para equipamentos importados. Para a parte dos acionistas, busca-se, por exemplo, parceiros.

A Eldorado informou ao Jornal do Povo que está expandindo a capacidade produtiva da atual linha de fabricação de celulose. A capacidade inicial é de 1,5 milhão de toneladas de celulose por ano, e a empresa passará a produzir, a partir de 2015, 1,7 milhão de toneladas, anualmente.

Para isso, entre os procedimentos legais, segundo a empresa, está o pedido de licença para implantação da expansão de capacidade, junto ao Imasul. Depois de obter essa autorização, o que aconteceu em junho deste ano, a empresa precisa solicitar a Licença de Operação, para a capacidade adicional de celulose na linha já existente. Esse pedido de Licença de Operação, segundo a Eldorado, foi protocolado há algumas semanas

Para aumentar a capacidade produtiva da linha já em operação, a Eldorado informou que não aguarda estruturação de capital, uma vez que os investimentos já foram realizados.A Eldorado informou ainda que tem investido em florestas próprias, com plantio acelerado de eucalipto, cerca de 50 mil hectares, por ano, em áreas próximas à fábrica.

O investimento no ativo florestal, segundo a Eldorado, vai reduzir significativamente a dependência de florestas de terceiros e tem como objetivo atender ao aumento da demanda por madeira gerado pela expansão da capacidade produtiva da linha atual e às necessidades da nova linha produtiva, quando essa entrar em operação.