Católicos estiveram reunidos no sábado, 13, para celebrar o Dia de Santa Luzia, protetora dos olhos. O encontro ocorreu no período da tarde, na orla da Lagoa Maior, de onde saíram em procissão em direção à matriz que leva o nome da santa.
Na frente da igreja, o pároco Severino Orso, acompanhado pelos diáconos Laurito Marceliano e Walter Aparecido, presidiu uma santa missa e posteriormente convidou os fiéis para uma quermesse.
MATRIZ
Em Três Lagoas, o bairro que homenageia a santa com seu nome, é um dos mais antigos do município. A comunidade se orgulha em lembrar que a igreja foi construída por meio da união dos moradores.
Segundo o diácono Walter Aparecido Ribeiro, 79 anos, popularmente conhecido como Aparecido, a história da santa teve início quando ferroviários encontraram um quadro com a imagem da santa e iniciaram um grupo de oração que rezava o terço na hora da Ave Maria. “Naquela época só existiam a igreja de Santo Antônio e Nossa Senhora Aparecida em Três Lagoas. O terreno era um matagal. Eu e mais uns seis colegas, que também eram ferroviários, nos unimos, capinamos e preparamos o local para a construção”, lembra Aparecido.
RELÍQUIAS
Em julho de 2013, a Igreja Matriz de Santa Luzia recebeu uma relíquia autenticada que está em exposição para visitação dos fiéis. Trata-se de um fragmento do manto que cobre o corpo incorrupto da Santa, que permanece na Catedral de Veneza, na Itália.
As relíquias de santos são restos mortais, objetos pessoais ou objetos tocados por eles. São de grande importância devido ao estado de graça alcançado pela proximidade física com a eucaristia.
Em Três Lagoas, a Matriz de Santa Luzia está localizada na avenida Angelina Tebet, nº 530, no bairro Santa Luzia.
SANTA LUZIA
O nome de Santa Luzia deriva do latim e significa: portadora da luz.
O dito popular conta que Santa Luzia é a protetora dos olhos em virtude dela ter arrancado os próprios olhos e entregue a um homem negando perder seus votos de castidade e dedicação a graça de Deus. Porém, em Siracusa, na Itália, onde a família de Luzia viveu, conta-se que a jovem prometeu castidade eterna em honra a graça divina, mas, o ex-noivo da jovem a denunciou como cristã ao governador romano.
Por causa da perseguição que os cristãos sofriam na época, Luzia foi carregada à força para um prostíbulo, para servir à prostituição.
Conta a tradição que, embora Luzia não movesse um dedo, nem dez homens juntos conseguiram levantá-la do chão. Então, jogaram sobre seu corpo resina e azeite ferventes, mas ela continuava viva. Somente um golpe de espada em sua garganta conseguiu tirar-lhe a vida.
O corpo de Santa Luzia permanece incorrupto na Catedral de Veneza e a cabeça da Santa está na igreja de Siracusa, ambas na Itália.
