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Três Lagoas

Agropecuária mostra recuperação e volta a gerar empregos

Saldo não foi suficiente para superar demissões na construção civil

A agropecuária três-lagoense voltou a mostrar recuperação no que refere-se à geração de empregos. No mês passado o setor criou 100 vagas de trabalho a mais no estoque em novembro, com a contratação de 234 trabalhadores e demissão de outros 134. O resultado mostra um aumento de 2,54% em comparação ao mês anterior.

No entanto, não foi o suficiente para superar as demissões na construção civil e tirar Três Lagoas do saldo negativo em geração de empregos que já se estende há meses. De acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MPT), Três Lagoas encerrou o mês passado com um saldo negativo de 1.023 vagas a menos no estoque. Ao todo, o município registrou 2.592 demissões contra apenas 1.569 admissões de profissionais com carteira assinada.

A construção civil continua sendo a principal responsável por esse resultado. Apenas no mês passado, o setor fechou 1.222 postos de trabalho com carteira assinada. No decorrer do ano, foram 6.466 vagas de emprego a menos no estoque. Essa retração deve-se à crise no Consórcio UFN-3, até então responsável pela construção da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen) em Três Lagoas. Nos últimos meses, centenas de trabalhadores foram demitidos. Muitos deles ainda aguardam a rescisão contratual, que deverá ser paga pela Petrobras.

Em contrapartida, além da agropecuária, outros setores também deram os primeiros sinais de recuperação. Na indústria da transformação, por exemplo, houve um salto positivo de 27 novas vagas no estoque. Já no comércio, foram 62 novos empregos formais a mais no estoque em novembro. O setor de serviços, porém, encerrou o mês passado estabilizado, com apenas quatro novas vagas a mais.

Já no acumulado do ano, apenas os setores da agropecuária e do comércio continuam com saldos expressivos de geração de empregos formais. O primeiro com a criação de 224 novas vagas e o segundo com 349 novos postos de trabalho criados em 11 meses. No ano, o setor de serviços criou 31 novos empregos e a indústria da transformação fechou 178 postos de empregos com carteira assinada.

Em comparação ao ano passado, Três Lagoas teve uma queda na geração de empregos formais de 15,51%. Enquanto que neste ano, o mercado fechou pouco mais de seis mil postos de trabalho, em 2013, havia criado 7,1 mil empregos formais. De janeiro a novembro do ano passado, a construção civil liderou a geração de empregos, com a criação de 5,7 mil empregos no estoque, aproximadamente. Já na indústria da transformação, foram 950 novas vagas a mais, saldo entre demitidos e admitidos.

ESTADO

O comportamento do mercado em Três Lagoas impactou até mesmo na geração de empregos em Mato Grosso do Sul. A cidade ficou, novamente, em último lugar no ranking estadual do Caged, que leva em consideração o comportamento dos 14 municípios do Estado com mais de 30 mil habitantes. Dourados liderou o ranking, com 452 novos empregos. Em segundo, ficou Campo Grande, com 315 novos empregos formais no estoque.

Em Mato Grosso do Sul, houve uma queda de 1,2 mil empregos celetistas. Os setores que mais contribuíram para este resultado foram a construção civil, com 1,9 mil postos de trabalho fechados, e a agropecuária, com 508 postos a menos. No Comércio, por conta dos empregos temporários, foram criados 1,2 mil novos empregos em todo o Estado.