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10 erros que os homens cometem ao se divorciarem

Se você pode aprender a controlar suas emoções e evitar esses erros

Ashton Kutcher finalmente é um homem livre. No ano passado, dois anos após anunciar a separação com a atriz Demi Moore, o astro de Two and a Half Men finalmente conseguiu fazer com que Moore aceitasse o acordo financeiro que ele propunha, estando pronto para se casar novamente com sua nova parceira, Mila Kunis, também atriz de Hollywood. O divórcio demorou, pois Demi Moore, mesmo tendo um cachê mais alto do que de Kutcher, queria receber pensão. Acabou conseguindo um acordo melhor do que merecia, disseram alguns. Mas, mesmo para o cara comum, o dinheiro não é o único problema, especialmente se você está lidando com alguém que é altamente manipuladora, abusiva ou simplesmente irracional. Mesmo se você estiver se divorciando de uma pessoa razoável, pode ser difícil pensar com clareza e tomar as decisões iniciais da melhor forma possível. A maioria das pessoas fica tão irritada, deprimida ou ansiosa quando o casamento acaba que acaba não pensando racionalmente na hora de escolher o que devem fazer para protegerem a si mesmos ou aos filhos contra um acordo injusto.

No passado, as emoções predominantes durante um divórcio geralmente eram a tristeza e o arrependimento. Hoje, a raiva é a emoção dominante: as pessoas estão com raiva de seus cônjuges, dos sogros, dos novos parceiros dos ex-cônjuges, etc. Toda essa raiva se materializa na forma de palavras e atos que tornam o processo de divórcio mais caro, estressante, frustrante, demorado, enfim, uma guerra total. O divórcio, porém, não tem que ser sempre assim, mesmo se você estiver se divorciando do mais irracional dos seres humanos. Abaixo estão os 10 erros que os homens cometem ao se divorciarem. Se você pode aprender a controlar suas emoções e evitar esses erros, certamente poderá aliviar um pouco a dor que acompanha qualquer divórcio.

Usar os filhos como moeda de troca
Receber ameaças de que terá a visitação negada ou bastante limitada é uma ameaça poderosa, e pode aterrorizar um pai que ama os filhos. Muitas vezes, o adulto que fica mais tempo com a criança, mas que não têm tantos recursos financeiros, acha que pode usar essa ameaça para receber mais dinheiro do ex.

Por mais dolorosas que sejam essas ameaças, procure não pagar com a mesma moeda. Não faça ameaças você também. Em vez disso, reconheça que na maioria dos casos, a verdade virá à tona. Se você tem sido um bom pai, responsável, afetuoso, seu cônjuge, provavelmente, não irá negar-lhe a chance de ver seus filhos frequentemente. Mesmo que ela quisesse fazê-lo, o tribunal não permitiria este tipo de alienação parental, por reconhecer o quanto esta prática é prejudicial para o bem-estar não só dos filhos, mas também do pai, que deseja e – tem o direito – de estar com os filhos.

Colocar o Romance em primeiro plano, e o divórcio em segundo
O fator que mais costuma transformar um divórcio normal em um conflituoso litigioso é trazer outra mulher para o meio da confusão. A situação já é potencialmente volátil, e tudo que é preciso para o circo pegar fogo é contar à sua futura ex-mulher, que você já tem um novo amor.

Há várias razões para você querer anunciar aos quatro cantos, o seu novo “relacionamento-vingança”. Uma delas é mostrar a sua ex que alguém te acha atraente e que você já foi capaz de encontrar a felicidade. Tente manter seu novo relacionamento fora das conversas com seu cônjuge e, especialmente, das conversas com os seus filhos. A melhor decisão, na verdade, seria esperar até que o divórcio seja concluído, para só então se meter em um novo relacionamento.

Permitir que sua parceira o convença de que não há necessidade de contratar um advogado
Se o seu cônjuge já contratou um advogado, você precisa contratar um rapidamente. Se você não fizer isso, você será um amador num jogo de profissionais. Uma tática desleal é pedir que o advogado de um cônjuge atue como consultor de ambas as partes para economizar tempo e dinheiro. Isso não só seria antiético, como também cria um conflito de interesses.

O processo foi concebido para ser contraditório, e não há como um advogado representar os interesses de ambos. É possível que seu cônjuge tenha algo a esconder ou que esteja interessado em algo, e ela sabe que, se você contratar um advogado, será mais difícil de conseguir alcançar esse objetivo.

Agredir o outro verbalmente
Todo mundo que começa um divórcio argumenta, discute. Nem todos, porém, se envolvem em batalhas verbais contínuas em que ameaças e acusações se tornam formas rotineiras de comunicação. Receber toda essa agressão é desmoralizante, especialmente quando as ameaças indicam o prenúncio de algum dano físico ou material a você e seus filhos.

Você precisa discutir quaisquer ameaças desse tipo com o seu advogado, que pode aconselhá-lo sobre a forma de lidar com eles. Além disso, se é você quem está agredindo verbalmente a outra parte, lembre-se de que o seu cônjuge pode obter uma ordem judicial para mantê-lo afastado dela e qualquer violação desta ordem pode levá-lo à cadeia. Existe um mito de que os homens não toleram agressões verbais ou até mesmo físicas de seus cônjuges, mas isso é apenas um mito. Abusos e agressões não são exclusividade de um gênero ou de outro.

Esfregar sal na ferida
Se o seu objetivo é evitar uma batalha judicial e os altos custos inerentes a ele, então você deve evitar ficar apontando as falhas de caráter de sua ex-mulher. Esteja consciente das coisas que deixam seu cônjuge inflamado e procure evitá-las. Saber fazer concessões é a essência das negociações do divórcio, e se você disser e fizer coisas que estimulem sua mulher a se tornar mais amarga e inflexível, você estará preparando o terreno para iniciar uma longa guerra.

Não importa o quanto você despreza o seu cônjuge, não importa se você se sente muito injustiçado. Procure não tornar uma situação ruim ainda pior, portanto, identifique os pontos vulneráveis do seu cônjuge e utilize-os a seu favor na hora de conseguir o acordo. Seja inteligente e racional e procure sempre negociar antes de litigar.

Contratar um advogado difícil de lidar
Advogados difíceis podem transformar bons divórcios em maus divórcios, e maus divórcios em pesadelos. Não são apenas os cônjuges divorciados que são difíceis. Alguns advogados têm a intenção de justificar os altos honorários e se beneficiar financeiramente com seu acordo de divórcio, e eles podem habilmente manipular situações em benefício próprio. O resultado são casais que acabam se digladiando por cada mínimo e macro detalhe, que passam anos frequentando audiências em Tribunais, e no final, ambos saem das negociações, quebrados e insatisfeitos com os resultados.

Não caia no mito de que você tem que encontrar um advogado carrasco, alguém que é cruel e vai utilizar qualquer tática e meios necessários para “ganhar” o caso. Quando há um advogado difícil, as chances são grandes de o divórcio acabar saindo caro e desagradável. Quando há dois advogados difíceis, então o divórcio será um pesadelo total.

Tornar-se passivo
A última coisa que você quer fazer quando o seu cônjuge anuncia que quer o divórcio é tornar-se muito complacente. Muitas pessoas são manipuladoras, e se elas acharem que podem manipulá-lo e conseguir o que querem com o divórcio, como dinheiro, bens ou a guarda dos filhos, elas irão fazê-lo.

Se você estiver muito chocado ou deprimido, pode ser que concorde com qualquer coisa e aceite tudo que seu cônjuge recomendar. Não confunda passividade com generosidade. Minha experiência é que o choque de divórcio logo desaparece, e quando isso acontecer, você estará muito menos vulnerável a cometer esse erro.

Disputar cegamente sobre quem fica com o quê
Na maioria dos divórcios onde os casais estiveram juntos por um bom número de anos, surgem disputas em relação à propriedade da família e as discussões que envolvem essa questão são perfeitamente compreensíveis. Aos poucos, porém, os argumentos podem começar a se tornarem completamente irracionais, alimentados pelo desejo de vingança. Tive um cliente que disse: “Eu prefiro ter que pagar 10 vezes o custo do processo e passar o resto da vida brigando do que permitir que ela fique com a casa!”

Estes argumentos podem ser emocionalmente desgastantes (sem mencionar financeiramente), mas ajudam a reconhecer que não importa o quanto seu cônjuge use esses bens como barganha no processo de negociação, o tribunal geralmente divide os ativos de forma bastante igualitária, se ambas as partes tiverem advogados competentes.

Aparecer de supetão com o pedido de divórcio sem antes dizer nada à ex
Chegar um belo dia em casa e receber a papelada do divórcio na caixa do correio sem saber de nada é algo que você não gostaria que acontecesse com você, então por que fazer isso com ela? Talvez você tenha saído de casa por um tempo e as coisas não estejam indo muito bem em seu relacionamento – mas isso não é desculpa para não alertar o seu parceiro antes de tomar esta decisão.

Se o seu cônjuge utilizar esta tática em você, por mais desagradável que seja, procure manter a calma.

Responder a um divórcio iminente com raiva
As etapas iniciais do processo do divórcio podem ser um momento extremamente emocional no qual as pessoas dizem coisas sem pensar e agem de forma destemperada, às vezes, fugindo completamente das características normais da pessoa. Divórcios “explodem” judicialmente quando uma pessoa reage à ira da outra com uma ira ainda maior, transformando um rápido e leve embate em uma crescente, desgastante e devastadora guerra.

Portanto, espere um tempinho para as coisas se acalmarem antes de tomar qualquer decisão. Seu cônjuge pode se acalmar depois de explodir em um momento de destempero, e você pode continuar a avançar de uma forma razoável se souber fazer as coisas quando estiver de cabeça fria.