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Bancários começam briga para administrar orçamento de R$ 2,2 milhões

Grupo de 250 bancários entrou na Justiça para anular a assembleia

A publicação de um edital de assembleia extraordinária para suplementar o orçamento do Sindicato dos Bancários de Campo Grande às vésperas da deflagração do processo eleitoral reacendeu a disputa interna para comando da entidade. Um grupo de 250 bancários entrou na Justiça para anular a assembleia, convocada para aprovação de suplementação que aumentou de R$ 2,195 milhões para R$ 2,465 milhões o orçamento do Sindicato.

De acordo com o presidente do Conselho Fiscal, Marcelo Francisco Assis, o grupo, que corresponde a 10% dos filiados e alega que a convocação foi feita por meio de um site com pouca audiência (Top Midia News) no fim da tarde da antevéspera do Natal, dia 23, para reunião no dia 26, pós Natal, impedindo o amplo conhecimento da base sindical.

O Conselho Fiscal analisa a validade de assembleia, paralelamente à ação ajuizada pelo grupo. “Em princípio, foi violada a regra da publicidade do ato, que deveria ser dada em jornal de grande circulação, como o Correio do Estado e jornal O Estado, ou em um site de grande audiência”, diz o conselheiro.

O processo eleitoral para renovação da diretoria começa no dia 15 de janeiro, com abertura de inscrição das chapas, que vai até 20 de fevereiro. A eleição acontece em março.

A base territorial do Sindicato dos Bancários de Campo Grande compreende, além da Capital, os municípios de Alcinópolis, Anastácio, Aquidauana, Bandeirantes, Bodoquena, Bonito, Camapuã, Corguinho,  Costa Rica, Coxim, Dois Irmão do Buriti, Figueirão, Guia Lopes da Laguna, Jaraguari, Jardim, Miranda, Nioaque, Pedro Gomes, Ribas do Rio Pardo, Rio Negro, Rio Verde de Mato Grosso, Rochedo, São Gabriel D’Oeste, Sidrolândia, Sonora e Terenos.

Nesses municípios, poucos filiados souberam da assembleia extraordinária e mesmo sendo notificados, tinham dificuldades para se deslocar no dia seguinte ao Natal. Para o presidente do Conselho Fiscal, a suplementação orçamentária por diretoria que concorre a reeleição, faltando três meses para as eleições, não é prudente. “Falta transparência, pois não foi feita a prestação de contas do orçamento executado neste ano”.

Até o momento, há formação de duas chapas para as eleição no Sindicato dos Bancários de Campo Grande – uma liderada pela atual presidente, Iaci Terezinha Rodrigues de Azamor Torres, funcionária aposentada do Banco do Brasil, que concorre à reeleição, e Edvaldo Barros, funcionário do Banco Itaú, que concorre à presidência pela primeira vez.