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Projeto desenvolve protagonismo de mulheres vítimas de violência

Base da proposta está a articulação em atendimentos especializados e na promoção da autonomia financeira para vítimas de violência

Mulheres atendidas pelo CAM participam de programa "Ciranda de Prosa" - Divulgação
Mulheres atendidas pelo CAM participam de programa "Ciranda de Prosa" - Divulgação

Mulheres atendidas pelo CAM (Centro de Atendimento à Mulher) em Paranaíba participam do programa “Ciranda de Prosa”, que pretende desenvolver com as mulheres seu poder pessoal e coletivo, resgatando-lhes a autoestima e a autoconfiança, trabalhando seu processo de fortalecimento e protagonismo de sua própria vida.

As mulheres são assistidas pela assistente social, Vanessa Rabelo, pela psicóloga, Elaine Niedo e educadora social, Leni Souto, que, provocam a reflexão sobre o papel das mães no contexto atual, com apoio da coordenadora de políticas públicas para mulheres, Wanice Luciana.

Segundo a psicóloga Elaine, propiciar esses momentos de reflexão e interação com as mulheres vítimas de violência complementam o trabalho social, resgata a autoestima e previne a ocorrência de futuras situações de risco. A educadora social, Leni Souto, acentua que o projeto “Ciranda de Prosa” constitui uma metodologia capaz de incentivar a mulher ser protagonista de seus projetos de vida, compreendendo o presente e se projetando para o futuro.

Já para a Vanessa, assistente social, o projeto trabalha na perspectiva de transformar a consciência das mulheres com vista para a sua emancipação.

A Rede de Enfrentamento em Paranaíba tem sido fortalecida, não só com ações. No passado, mulher era submetida a uma verdadeira peregrinação em busca de instituições públicas e muitas vezes era recebida por pessoas que não estavam preparadas para tratar de casos de violência, podendo submetê-la a um sofrimento continuado ou mesmo tratá-la com preconceito.

“A mulher fica tão sozinha, se afasta de amigos e família, que não sabe onde buscar auxílio, porque só fica ela e ele. Temos casos que o homem proíbe rede social, controla mensagens e uso de roupa. E tem casos que só a mulher vendo outro caso ela se identifica”, destaca Wanice.

Além de dar visibilidade aos crimes, estruturar uma rede de apoio que viabilize atendimento e alternativas de vida para as mulheres é fundamental no combate à violência doméstica. Por isso, na base dessa proposta está a articulação dos atendimentos especializados no âmbito da saúde, da Justiça, Segurança Pública, Rede Socioassistencial e Promoção da Autonomia Financeira.