Veículos de Comunicação

10

SUS vai custear troca de silicone condenado em caso de câncer

Os implantes mamários da marca francesa PIP foram condenados por várias agências sanitárias do mundo por usarem um material inseguro

O Ministério da Saúde informou hoje (5) que as mulheres que colocaram silicone da marca PIP – em decorrência de algum problema de saúde como câncer de mama – podem procurar um hospital público para fazer a troca da prótese gratuitamente, caso apresentem problemas.

Os implantes mamários da marca francesa PIP foram condenados por várias agências sanitárias do mundo por usarem um material inseguro e não homologado, o que aumenta o risco de rejeição, vazamento e outros problemas entre usuárias.

No Brasil, uma das mulheres que apresentou sequelas – dores intensas e nódulos – usou a prótese após fazer uma cirurgia de mastectomia – retirada total da mama por causa de um tumor maligno na mama.

A decisão brasileira de custear gratuitamente a troca da prótese só vale para casos como este e não para pacientes que fizeram cirurgia plástica con fins estéticos.

O Ministério informou que este é um procedimento padrão no Sistema Único de Saúde (SUS) já que a colocação de silicone em unidades públicas sempre teve o fim reparador, independentemente da marca do impante utilizada.

Outros governos também anunciaram o mesmo movimento como França – país em quem os primeiros relatos de efeitos adversos foram notificados – Venezuela e Colômbia.

Segundo o Ministério brasileiro, mesmo que a colocação da prótese tenha sido realizada em um hospital particular, a troca pode ser feita agora em um hospital público, desde que o motivo da plástica tenha sido motivado por doença.

Para saber a marca do seu implante, a mulher precisa procurar o cirurgião plástico responsável ou a clínica onde o procedimento foi feito. O próximo passo, informa o Ministério, é procurar um hospital público próximo da própria residência e pedir informações sobre como proceder.

“Caso a unidade não faça a troca da prótese, ela pode encaminhar a paciente para um hospital referência”, informou a pasta por meio de sua assessoria de imprensa.