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?Sempre quis trabalhar no interior?, diz médico

Ele não gosta de pensar em dificuldade e tem uma força mental muito forte

Médico nigeriano é da seguinte opinião: Se alguém quer algo na vida, tem que lutar e enfrentar todas as barreiras. Está há cinco meses em Três Lagoas e desde 2004 no Brasil. O doutor Oluwafemi Ayodeji Ayodele, ou apenas "Femi", como é chamado, 27 anos, tem conquistado a simpatia e o respeito dos pacientes na Unidade de Saúde da Família (ESF) da Vila Piloto, onde ele atende.

Femi também faz plantão no Pronto Atendimento (PA). Em entrevista ao Jornal do Povo, o médico nigeriano fala de sua vinda para o Brasil, de sua formação em medicina e de preconceito racial.

Jornal do Povo: Quando e como veio para o Brasil?
Oluwafemi Ayodeji Ayodele, o Femi: Minha vinda para o Brasil ocorreu em 2003. Eu morava em Lagos, na Nigéria, cidade de 13 milhões de habitantes. Prestei vestibular e passei para fazer faculdade de microbiologia, mas o meu sonho era fazer medicina. Minha mãe me perguntou se eu queria estudar fora. Respondi que sim. Ela pesquisou alguns países e achou o Brasil. Fui à embaixada do Brasil na Nigéria e me inscrevi.  Foi feita uma análise para ver se minha família tinha condições financeiras para me bancar no país. Fui selecionado e vim para o Brasil fazer medicina.

JP: Como foi sua chegada ao Brasil?
Femi: Cheguei a São Paulo, Capital, e fui para Porto Alegre (RS), onde primeiro fiz, durante um ano, o curso de português para estrangeiros. Não aprendi tudo, porque a gente aprende aos poucos, mas aprendi muito. Foi difícil. O jeito das pessoas falarem e a comida, é tudo diferente. Foi um choque cultural, mas muito agradável. Era jovem, tinha 19 anos, mas posso garantir que foi a melhor época da minha vida no Brasil.

JP: Em que cidade você fez faculdade?
Femi: Comecei a fazê-la em Porto Alegre. Em fevereiro de 2005, vim transferido para Campo Grande, onde cursei a faculdade, que durou seis anos.

JP: Como foi a sua vinda para Três Lagoas?
Femi: Recebi um e-mail o qual informava que Três Lagoas estava precisando de médicos. Sempre quis trabalhar no interior, porque as pessoas são humildes.

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