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Três Lagoas

Armadilhas são instaladas em busca do mosquito

Ação iniciou na quinta-feira e seguirá por uma semana, quando as armadilhas serão retiradas e as palhetas enviadas para laboratório

projeto > É realizado em parceria com a Fiocruz e o Ministério da Saúde - Divulgação
projeto > É realizado em parceria com a Fiocruz e o Ministério da Saúde - Divulgação

Para tentar combater o avanço da proliferação do mosquito Aedes aegypti, em Três Lagoas, mais de 350 armadilhas foram instaladas em vários bairros da cidade, em quintais de residências, com um raio de 300 metros cada. Essa ação é um faz parte de um projeto-piloto com uso de armadilhas ovitrampas após o município ser selecionado para participar de um estudo idealizado pelo Ministério da Saúde, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde (SES). 

De acordo com o setor de Saúde, a armadilha consiste em um vaso de planta preto, preenchido com água, que fica parada, atraindo o mosquito. Dentro do vaso, é inserida uma palheta de madeira (Eucatex), que facilita que a fêmea do Aedes coloque ovos. A instalação iniciou na quinta-feira (1º) e as armadilhas deverão permanecer por uma semana nesses locais, segundo o Setor de Endemias. No dia 7 de junho serão retiradas para verificação e instaladas novamente no mesmo lugar, sendo que o monitoramento ocorrerá mensalmente por um período de dois anos. 

A agente de endemias, Vera Lúcia Silva, explicou que após a coleta, a palheta é levada para laboratório onde será possível observar, de maneira mais rápida e eficiente, a quantidade de ovos. “O que permite a secretaria direcionar e executar ações para eliminar a proliferação do mosquito, nas áreas trabalhadas”, pontuou. Outra ferramenta é o sistema online disponibilizado pelo Ministério da Saúde para inserção dos dados das capturas, possibilitando a criação de mapas de calor e mapa híbrido da situação da cidade. 

MAPA INCIDÊNCIA 
Um novo mapa de incidência divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde aponta alguns bairros em situação preocupante, como Vila Piloto, Novo Oeste e Paranapungá. Nesses pontos, foram registrados mais de cinco casos de dengue somente no mês de maio e, por isso, estão na lista “vermelha”.
O último boletim epidemiológico apontou que 271 moradores foram diagnosticados com a doença apenas na última semana do mês de maio. Ao todo seis pessoas morreram vítimas de dengue, em Três Lagoas, no primeiro semestre do ano. 

O novo Levantamento de Índice Rápido de Infestação pelo Aedes, o Lira, referente ao mês de maio até mostrou uma redução de casos positivos da doença, mas aponta que Três Lagoas ainda vive em estado de alerta. Isso porque o percentual registrado foi de 2,2%, considerado pela Organização Mundial da Saúde como preocupante.