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UFMS lança projeto de extensão para idosos

Mais de 50 pessoas da melhor idade já se inscreveram. O curso terá duração de nove meses

O campus da Universidade Federal de Mato Grasso do Sul (UFMS) de Três Lagoas lançou ontem o projeto de extensão Universidade da Melhor Idade (UMI), pioneiro na cidade e região. De acordo com a idealizadora do UMI e professora universitária do curso de direito, Vanessa Cristina Lourenço Casotti, serão oferecidos cursos de esporte, trabalhos manuais, artes, música, dança, letras, línguas estrangeiras, entre outros. Todos foram iniciados ontem e terão duração de nove meses.

Segundo Vanessa, 55 pessoas da terceira idade passarão a frequentar as aulas ainda neste mês. Ela contou que eles possuem idades a partir de 59 anos (idade mínima exigida para se inscrever no UMI) e foram convidados através dos centros de convivência de idosos da cidade. Os idosos terão aulas teóricas e práticas todas as quartas-feiras, das 13h30 às 16h30. Após esse horário, poderão ainda participar de aulas de hidroginástica. Para isso, será exigido atestado médico de cada um deles.

Vanessa explicou ainda que as disciplinas dos cursos serão divididas em módulos. Os participantes serão obrigados a ter pelo menos 75% de frequência. Caso contrário, podem perder a bolsa pelas faltas não justificadas. O projeto conta com 60 professores.

Para Vanessa, a UMI vai aumentar os conhecimentos das pessoas da terceira idade. “Nunca é tarde para aprender. O homem é um eterno aprendiz”, completou. O projeto conta com o apoio da Prefeitura, Eldorado Brasil, além de outras empresas da cidade.

A prefeita Márcia Moura (PMDB) participou do evento de lançamento e aprovou a iniciativa da universidade. “Fiquei satisfeita ao perceber que nossos idosos estão sendo assistidos. E mais ainda, por eles terem acesso ao conhecimento, algo que já têm graças à experiência adquirida e, agora também, por poderem estudar e aprender mais”, disse.

EXEMPLOS DE VIDA
Para a aposentada de 59 anos, Mara Ballester, a oportunidade chegou à boa hora. Ela contou que recentemente sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e que em consequência da lesão adquiriu uma depressão. Ela é do sul do país e chegou à cidade tem poucos meses. “Me sentia muito sozinha, sem ter o que fazer. Não tenho parentes aqui [em Três Lagoas]. Daí eu soube que existia o Centro de Convivência Tia Nega. Passei a frequentar o ambiente e lá fiquei sabendo desse projeto. Estou muito animada”, disse.

Eguimar Nunes da Silva, aposentado, 62 anos, contou que não frequenta uma sala de aula tem mais de 30 anos, desde que concluiu sua faculdade. “Fiquei feliz com a nova oportunidade. Vou poder interagir com novas pessoas e aprimorar meus conhecimentos”, destacou. A esposa de Silva, Eunice Mendonça da Silva, 59, fez questão e acompanhá-lo. “Vou ganhar uma nova rotina, conhecer novas pessoas. É uma novidade bastante agradável”, completou.