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Professores universitários oficializam rejeição de proposta

 Professores universitários dos campi da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) de Três Lagoas, Campo Grande, Corumbá, Aquidauana e de Coxim, rejeitaram, durante assembleia, a proposta oferecida pelo Governo Federal divulgada na última semana. O governo ofereceu aos docentes reestruturação do plano de carreira e reajuste de 45% no salario.

Os professores alegaram que o governo só se dispôs a responder as reivindicações da classe dois meses após a greve. Antes de a paralisação ter tomado grandes proporções e repercussão nacional ele não se limitou a atender os servidores federais.

Os profissionais avaliaram ainda que a proposta apresentada além de não atender pontos centrais da reivindicação docente, centraliza-se no aumento de valores nominais a serem pagos ao fim de três anos. Tal centralização foi comprovada na própria mesa de negociação, quando a preocupação do governo foi apresentar tabelas, sem recorrer à discussão conceitual de sua proposta de reestruturação das carreiras docentes.

Somente após insistência do movimento grevista é que, após intervalo de uma hora, o governo apresentou os aspectos conceituais de sua proposta por escrito. Dessa forma, a proposta do governo, feita em condições precárias para a maior parte das entidades presentes, resultou em uma indignação por parte do Comando Nacional de Greve.

Segundo os servidores, a proposta do governo não pode ser considerada efetivamente uma reestruturação da carreira, restringindo-se basicamente aos números e a normativas que não atendem às melhorias das condições de trabalho reivindicadas, e negando o aprofundamento do debate conceitual sobre a carreira docente. Ao contrário, tais normativas agudizam e ampliam a precarização, a privatização e o produtivismo dos docentes; estimulando, dentre outros, a competição, às parcerias com empresas privadas, à quebra legalizada da dedicação exclusiva e ao aumento na carga horária média de aulas.