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Cadastro de doadores de medula óssea aumenta mais de 91% no Estado

De acordo com a Central Estadual de Transplantes em 2010 foram realizados em Mato Grosso do Sul 202 transplantes

Em Mato Grosso do Sul o cadastro de doadores de medula óssea na Central de Transplantes do Estado em 2010 teve aumento de 91,89% em relação a 2009. A lista soma 21.972 pessoas dispostas a ajudar quem precisa.

De acordo com a coordenadora da Central, Claire Carmem Miozzo, o aumento da quantidade de pessoas dispostas a realizar doação pode ser atribuído à intensificação das campanhas na mídia. Claire ressalta que o número pode ser ainda maior. Os interessados em se tornar doadores podem se cadastrar pelo telefone 0800 647 1633.

No início desta semana uma doadora de Coxim, Roseli Maria Cervi Kohl, de 55 anos, doou o material orgânico para uma pessoa residente nos Estados Unidos. O transplante foi realizado pelo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Curitiba.

De acordo com a Central Estadual de Transplantes em 2010 foram realizados em Mato Grosso do Sul 202 transplantes, sendo 177 de córnea, 24 de rim e um de osso. Também foram disponibilizados para outros Estados 63 córneas, cinco fígados e nove rins de doadores sul-mato-grossenses. A fila de espera para receber um transplante atualmente é de 446 pessoas. A maior procura é por rim com 400 solicitações, seguida de córnea (31) e coração (15).

Nos últimos dois anos nenhuma cirurgia para transplante de coração foi realizada, segundo a coordenadora, pois não há nenhum estabelecimento de saúde em Mato Grosso do Sul autorizado pelo Ministério da Saúde a fazer este tipo de cirurgia.

 

Procura

O Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS) implantou, no final de 2010, a Organização de Procura de Órgãos (OPO). O núcleo funciona como apoio à Central Estadual de Transplantes e em parceria com as Comissões Intra-hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT).

A Organização tem como atribuições criar rotinas para oferecer aos familiares de pacientes falecidos nos hospitais a possibilidade da doação de órgãos e tecidos; articular junto às equipes médicas da Urgência e Emergência e Unidades de Terapia Intensiva (UTI) para identificar potenciais doadores, além de promover e organizar ambientes e rotinas para o acolhimento às famílias doadoras antes, durante e depois de todo o processo de doação.

 A OPO também deve notificar e promover o registro de todos os casos com diagnóstico de morte encefálica, mesmo dos que não sejam possíveis doadores de órgãos e tecidos, com os registros dos motivos da não doação; Orientar e capacitar o setor responsável dos hospitais pelo prontuário legal do doador quanto ao arquivamento dos documentos originais relativos à doação como identificação, protocolo de verificação de morte encefálica, termo de consentimento familiar e exames laboratoriais entre outros.