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Capa dura e personagem deixam o caderno mais caro

Os personagens infantis prometem ser os grandes vilões dos pais na hora de comprar o material escolar neste ano

Os personagens infantis prometem ser os grandes vilões dos pais na hora de comprar o material escolar neste ano. Com um repasse de 8% no valor, os produtos podem ficar ainda mais caros, dependendo da qualidade do acabamento, da decoração e do personagem licenciado.

No caso do caderno escolar a variação chega a 300% no valor. Por exemplo, um caderno simples, de 100 folhas, de 56 gramas, com espiral de arame e capa mole custa, em média, R$ 2. O mesmo modelo, porém, com 200 folhas de 63 gramas, pautado, espiral duplo e personagem custa R$ 8.

A comparação foi feita por Antônio Sereno, diretor comercial da Rede Brasil Escolar, com 180 lojas no país. Segundo ele, existem em torno de 400 modelos de cadernos e a escolha por materiais licenciados, não somente o caderno, mas lápis, estojo e borracha, pode deixar a lista mais pesada para os pais.

– São modelos de qualidades diferentes. O consumidor não deve estar atento somente ao preço, mas também à qualidade do produto. Existem modelos que não são pautados [com a linha para escrever] e se desgastam ao longo do tempo na mochila.

O reajuste no preço do material escolar, no geral, vai ficar em 8%, segundo Antônio Martins Nogueira, diretor do Simpa (Sindicato do Comércio Varejista de Material de Escritório e Papelaria de São Paulo e Região). O reajuste, assim como o das mensalidades, está bem acima da inflação – que fechou 2010 em 5,91%.

Compras coletivas

Uma das alternativas do consumidor é a compra coletiva, quando aos pais juntam as listas e negociam direto na papelaria. Segundo Nogueira, os descontos podem chegar a 10% e o consumidor poderá escolher entre pagar à vista ou no crédito.

– Geralmente as papelarias trabalham com vendas à vista, mas os pais podem negociar um desconto. Muita gente ainda usa o cheque e, no caso de parcelamento, ele é mais bem recebido que o cartão, já que existe a taxa de 4% na maquininha.

A estimativa do setor é que as vendas cresçam mais de 10% em relação a 2009, com uma procura maior por produtos de maior qualidade, o que eleva o faturamento. Para Nogueira, os pais não devem encarar as compras como uma despesa no orçamento, mas como um investimento no futuro do filho.