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Violência contra a mulher é muito alta em Três Lagoas

A conclusão é da delegada Letícia Mobis Alves, que informou o número de 66 ocorrências em janeiro

A média de ocorrências de violência doméstica contra a mulher é muito alta em Três Lagoas. A conclusão é da delegada Letícia Mobis Alves, que informou o número de 66 ocorrências em janeiro, dizendo ser este número a média geral do ano passado, e é muito grande para o tamanho da cidade.

A titular da Delegacia de Polícia de Atendimento à Mulher também está preocupada com a chegada de mão de obra para o setor de construção civil. Estima-se 20 mil trabalhadores entre junho e dezembro.

Segundo a delegada Letícia, existem dois fatores; “os solteiros, que recebem e estão sem mulher, eles vão para os bares, para as prostitutas, não querem pagar, vão para zona, fazem bagunça, e os que vêm com as mulheres, vêm do nordeste, fica ele e a mulher, a mulher não tem parente, ai ele faz o que quer, bate nela, ela não tem para onde correr mesmo, acaba apanhando e aceitando, por causa dos filhos, essas coisas”.

O problema maior para a delegada, é que a mulher apanha, faz o BO (boletim de ocorrências) e no outro dia volta para retirar a denúncia.
Ontem aconteceu um caso mais estranho. A violência aconteceu no sábado (19), quando um casal discutiu, a mulher foi para casa da mãe. Aconteceu que o sujeito apareceu na casa da “sogra” e entrou com moto e tudo, passando por cima da cunhada. A delegada chamou três testemunhas para serem ouvidas. A mãe e a atropelada ficaram para dar o testemunho, a mulher disse que ia comprar um sorvete e sumiu de dentro da Delegacia de Atendimento à Mulher. Letícia Alves afirmou que vai prender o sujeito.

Para a delegada, existe a cultura machista onde “é permitido ao homem resolver as coisas na porrada”.Em ninguém se bate, Deus deu para gente o poder da inteligência, não é?, diz Letícia Alves, não aceitando que pai e filhos, entre homens e mulheres, entre homens se batem. Para ela, há outras maneiras de resolver discussões; há conversas, terapias alternativas, psicólogos e meios judiciais