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Alta no preço do abacate atrai novos produtores em São Paulo

Apesar da chuva intensa no início do ano, os frutos estão sadios. O estado é o principal produtor da fruta do país, com 53% da safa

O abacate voltou a ser motivo de alegria para agricultores da região de Campinas, em São Paulo. O preço da fruta é o maior dos últimos três anos. O mercado aquecido causou aumento na procura por mudas.

Nos pomares de Araras, no interior de São Paulo, a colheita do abacate vai de janeiro a agosto. As variedades fortuna e quintal são as mais cultivadas na região. Apesar da chuva intensa no início do ano, os frutos estão sadios.

O agricultor Gilberto Bisão, que tem cerca de três mil pés em produção, está animado com os preços alcançados nesse início de safra. “Hoje, está em torno de R$ 8 a R$ 10, dependendo a variedade da fruta”, disse.

A tendência de alta nos preços reaqueceu o setor, que enfrentou prejuízo em anos anteriores. O agrônomo Carlos Barbieri, da Casa da Agricultura, explicou que a caixa do abacate chegou a custar R$ 3 a três anos. Por isso, muitos produtores desistiram da cultura.

“Tinha uma propaganda muito negativa da fruta. Ela tinha um teor elevado de colesterol, mas não sabia se era o bom ou ruim. Então, a partir do momento que a população começou a descobrir isso, começou a consumir mais a fruta, que é uma fruta saudável”, disse Barbieri.

Agora, o momento é de retomada. Em Cordeirópolis, por exemplo, o setor de mudas teve um aumento médio nas vendas em torno de 10%. A cidade já tem 20 mil novos pés plantados.

“Chegou a aquecer o mercado de mudas. Se mantiverem esses preços na fruta, a gente vai conseguir vender o que produzimos”, disse o agricultor Miguel Bertanha.

São Paulo é o principal produtor de abacate do país, com 53% da safra.