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Esperando consumo forte, indústria segura preço do ovo de Páscoa

A esperança da indústria é a previsão de aumento de até 40% nas vendas

As matérias-primas para a fabricação de ovos de Páscoa subiram, mas as fábricas de chocolate e o comércio contam com o aumento no consumo para não repassar toda a alta ao cliente. Nos últimos 12 meses, segundo estimativa da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab), o açúcar subiu 20%. No mercado internacional, o cacau subiu 5,95%. Mas a Abicab estima que os ovos cheguem às prateleiras entre 3% e 7,5% mais caros. A esperança da indústria é a previsão de aumento de até 40% nas vendas. Os fabricantes esperam um consumo de 30 mil toneladas de chocolate, volume 17% maior que em 2010.

Disposta a ampliar sua fatia no mercado, a Icab Chocolates espera aumentar entre 15% e 25% as vendas de seus chocolates, todos artesanais, adotando uma política de retenção dos preços. Segundo o sócio-gerente da empresa, Thiago Muffone, a Icab não pretende repassar o aumento dos insumos, mas apostar nos chocolates tradicionais, com originalidade nas embalagens e em produtos inéditos, como a caixa de bombons de 700 gramas com novos sabores. A Páscoa responde por 40% do faturamento da marca. “Na realidade, o que mais pesa é a mão de obra, por isso vamos manter o mesmo preço, mesmo com esses aumentos que ocorreram”, disse Muffone.

Com participação de 36,1% no mercado, a Lacta deve produzir cerca de 25 milhões de ovos – 2 milhões a mais que no ano passado. Os preços sugeridos pela empresa para os ovos tamanho 15 e 20 variam de R$ 17,49 a R$ 30,49, enquanto os de tamanhos 12, 15 e 20 infantil são vendidos de R$ 12,99 a R$ 36,49.