A cotação do dólar comercial fechou em baixa de 1,16% nesta sexta-feira (1º), a R$ 1,612 na venda. É a menor cotação desde o dia 21 de agosto de 2008, quando valia (R$ 1,61). No acumulado da semana, a moeda norte-americana teve desvalorização de 2,89%.
De acordo com fontes do governo, não há nenhuma grande medida a ser tomada no curtíssimo prazo para brecar a queda do dólar. A mais recente, anunciada na terça-feira, teve impacto nulo: o aumento do imposto sobre a captação de empréstimos no exterior por empresas e bancos no Brasil.
As fontes afirmaram que a preocupação do governo não é somente com o câmbio, mas também com a inflação e com a alta do petróleo no mercado internacional, e um real mais valorizado pode ajudar a esfriar os preços. Apesar da ausência de novas medidas, as mesmas fontes indicaram que o Banco Central manterá a intervenção para limitar ao máximo a queda do dólar.
Nesta sexta-feira, o BC fez três leilões de compra no mercado à vista e um leilão de swap cambial reverso, onde vendeu 24.000 da oferta de 30.000 contratos –mas a queda do dólar acelerou após a maior parte da intervenção.
"No curto prazo, a gente vai testar alguns patamares. A gente vai testar R$ 1,60", disse à Reuters André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos.
"Mas o governo não vai deixar (o real) valorizar demais", ponderou, comentando também que a partir do meio do ano a política de estímulo monetário nos Estados Unidos –um dos principais fatores para a queda global do dólar– deve começar a ser revertida.