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Petrobras já sinaliza que preço da gasolina pode subir

No mês passado, o presidente da companhia chegou a afirmar que não previa nenhuma alteração nos valores do diesel e da gasolina

O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, sinalizou nesta quarta-feira (6) que os preços da gasolina e dos demais derivados do petróleo poderão subir se o valor do produto no mercado internacional continuar como está.

– Caso se configure uma determinada estabilização do preço do petróleo no plano internacional, vamos ter que alterar os preços do produto no Brasil e, consequentemente, dos derivados.

No mês passado, o presidente da companhia chegou a afirmar que não previa nenhuma alteração nos valores do diesel e da gasolina por causa da volatilidade (movimentação) no preço do petróleo no mercado externo. O diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, e o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, também afirmaram que o preço da gasolina não seria reajustado.

Ele acrescentou, entretanto, que ainda "não está claro se o atual patamar de preços [do petróleo] será mantido".

Gabrielli, que participou hoje de reunião com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, destacou ainda que, a despeito da pressão das cotações internacionais do petróleo, a gasolina pura da Petrobras não teve aumentos de preços desde maio de 2009, mantendo-se ao redor de R$ 1 o litro.

– Já a gasolina que chega ao consumidor tem outro preço, pois envolve o distribuidor, o álcool, os impostos estaduais.

A Petrobras anunciou recentemente a importação de gasolina para atender à demanda interna. O volume deverá ser ofertado pela Petrobras a partir da segunda quinzena deste mês. Após esse prazo, deverá haver uma análise em relação à condição do mercado interno.

– Se a demanda continuar crescendo, já estamos no limite da capacidade de produção e precisaremos importar.

Isso poderá não ocorrer caso o preço do etanol caia nas próximas semanas e, dessa forma, o consumidor volte a ampliar as compras de álcool.