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Cheque especial tem maiores juros desde 2003

O empréstimo pessoal também cresceu. A taxa média dos bancos pesquisados foi de 5,6% ao mês

O cheque especial ficou mais caro na maior parte dos bancos do país. Em abril, a taxa de juros cobrada nessa modalidade de crédito subiu para 9,47% ao mês (o equivalente a 196,22% ao ano), segundo pesquisa da Fundação Procon-SP divulgada nesta sexta-feira (13). Esse número voltou ao mesmo patamar de 2003.

Em uma conta simples, é como se o cliente que tivesse pegado R$ 200 do limite da conta em março, tivesse que devolver R$ 218,94. Se esse crédito fosse feito em abril do ano passado, agora o cliente deveria entregar R$ 592,44.

Em março, a taxa média do especial havia ficado em 9,35% ao mês. Dos sete bancos pesquisados, houve altas na Caixa Econômica Federal (de 7,31% para 7,95%), no HSBC (de 9,8% para 9,95%), no Itaú (de 8,96% para 8,99%), no Santander (de 9,96% para 9,99%) e no Bradesco (de 8,83% para 8,85%).

A menor taxa cobrada pelos bancos foi a da Caixa (7,95%), enquanto o banco Safra cobrava a maior taxa mensal dessa modalidade (12,3%).

– O cheque especial apresenta um movimento ascendente nos cinco primeiros meses do ano. [A taxa] voltou ao mesmo patamar das praticadas no segundo trimestre de 2003, quando o país vivia uma piora das expectativas inflacionárias, fruto de incertezas na condução da política monetária e de uma conjuntura internacional desfavorável.

O empréstimo pessoal também cresceu. A taxa média dos bancos pesquisados foi de 5,6% ao mês (o equivalente a 92,39%ao ano), superior à do mês anterior que foi de 5,49%. Essa foi a maior média desde abril de 2009, quando os juros do crédito pessoal alcançava 5,74% ao mês.

Os bancos que elevaram seus preços de empréstimo foram: HSBC (de 4,5% para 4,99%), Santander (de 5,63% para 5,99%), Itaú (de 6,38% para 6,41%), Bradesco (de 6,08% para 6,1%).

A única queda foi promovida pelo Banco do Brasil, que diminuiu a taxa de empréstimo pessoal de 5,48% para 5,39%. Os demais mantiveram suas taxas de empréstimo pessoal.

O empréstimo mais barato era o da Caixa (com juros de 4,95%), enquanto a mais cara era do Itau (6,41%).