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Transtorno do Comer Compulsivo precisa de ajuda médica

A nutricionista diz que o aparecimento pode estar relacionado ao histórico familiar, genética, depressão e alterações emocionais

Para quem sofre do Transtorno do Comer Compulsivo, um pacote de biscoito, um prato de macarronada ou uma garrafa de refrigerante nunca é o suficiente para saciar a fome. As pessoas que sofrem dessa compulsão não têm limites e nem horários definidos para comer. A nutricionista do Hospital Conceição, do Rio Grande do Sul, Rosseli Mendes Rabelo, explica que o transtorno aparece ao longo do dia em ataques exagerados de ingestão de alimentos, geralmente mais calóricos. Estima-se que o distúrbio atinja cerca de dois por cento da população mundial, em sua maioria mulheres e pessoas obesas. A especialista afirma que não há preocupação com a autoimagem.

"No Transtorno de Comer Compulsivo, a pessoa não tá preocupada com a sua imagem, com seu corpo. Ela não tá preocupada em ganhar peso e elas até são mais obesas."

As causas do Transtorno do Comer Compulsivo ainda são desconhecidas. Mas a nutricionista diz que o aparecimento pode estar relacionado ao histórico familiar, genética, depressão e alterações emocionais. A melhor forma de se ver livre desta compulsão é procurar assistência médica.

"Então tem que se passar por uma avaliação médica para ver causas clínicas, se tem uma causa orgânica, para depois fazer todo acompanhamento com a equipe que precisa: se precisar de um médico psiquiátrica, de um endocrinologista, nutricionista, psicólogo, educador físico. O que precisar para essa pessoa se tratar."

A nutricionista ressalta a importância do tratamento, já que o distúrbio pode trazer conseqüências graves. A principal delas é o ganho de peso, o que favorece o aparecimento de doenças crônicas. Para evitar a obesidade, o Ministério da Saúde recomenda a prática regular de atividades físicas e a adoção de hábitos alimentares mais saudáveis.