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Maracaju

Hospital Soriano Corrêa de Maracaju enfrenta dívidas deixadas pela administração anterior

Conta de água com a Sanesul não era paga há 14 anos

Mesmo com os repasses sendo feitos, á registro de contas atrasadas mais de 10 anos - Foto:Divulgação
Mesmo com os repasses sendo feitos, á registro de contas atrasadas mais de 10 anos - Foto:Divulgação

Atualmente, os recursos necessários para manutenção dessas atividades são oriundos da contratualização firmada com o Município de Maracaju para a devida prestação de serviços ao Sistema Único de Saúde (SUS), alguns convênios firmados com operadoras de planos de saúde, empresas de medicina do trabalho e atendimentos realizados em pacientes particulares, ainda, de algumas doações. 

A contratualização é firmada em repasses da Prefeitura Municipal de Maracaju, do SUS e do Governo do Estado, e que, segundo a gestão do Hospital, são exclusivamente para custear o funcionamento da unidade, na prestação de serviços ao SUS. Os valores dos repasses são divididos em R$ 1.200.000,00 da Prefeitura Municipal, outros R$ 300.000,00 do Governo do Estado e R$ 306.047,37do Governo Federal/União.

Desde que assumiu o Hospital, em março de 2021, a nova gestão identificou contas a serem pagas de anos anteriores e processos que já estavam correndo na justiça de pedidos de indenizações.Uma das contas a serem quitadas era de uma dívida com a Sanesul, por falta de pagamento de água e esgoto no período fixado entre novembro de 2007 a fevereiro de 2021. 

De acordo com a Presidente da Associação Beneficente de Maracaju, gestora do Hospital, Teliane Alves Bisognin, desde o momento que a nova gestão assumiu e identificou os problemas, foi iniciado um amplo trabalho de reorganização das estruturas administrativas do Hospital Soriano Corrêa da Silva para manter o funcionamento da unidade.

“Nós entendemos a importância do Hospital para Maracaju e região e a complexidade dos atendimentos que conseguimos realizar aqui. Por isso, nossa missão e preocupação desde o início era de tentar achar uma solução para sanar as dívidas deixadas e manter os atendimentos normais. Conseguimos um acordo com a Sanesul, só que também identificamos um processo em ação indenizatória da antiga prestadora de serviços de contabilidade. Recorremos, mas infelizmente, o Hospital foi condenado a pagar judicialmente”, esclarece Teliane.

A dívida com a Sanesul em 14 anos passava dos R$ 4 milhões e 600 mil reais, mas que, negociada pela atual gestão do Hospital, foi reduzida para R$ 3.471.000,00. Valor a ser quitado em 267 parcelas de R$ 13 mil reais. Já a ação movida pela antiga empresa de contabilidade, prestada entre julho de 2017 a março de 2019, chegou a uma condenação de indenização no valor de R$ 430 mil, que o Hospital terá de pagar. 

“Essa é a nossa maior preocupação nesse momento. Essas e outras demandas podem levar a um endividamento do Hospital e não queremos isso. E não podemos utilizar dos recursos do SUS pois são oriundos da contratualização e específicos para prestação de serviços SUS. Por isso, pedimos a ajuda e a compreensão da comunidade para quem se solidarizar e puder fazer doações, a Associação Beneficente pode estar recebendo para poder sanar essas dívidas da melhor forma sem interferir no bom andamento do Hospital. Lembrando que essas contas foram deixadas pelas outras administrações que não souberam dar o devido encaminhamento para cada caso”, complementa Teliane.