Trinta e duas pessoas foram presas acusadas de pesca predatória nos dois primeiros meses da operação Piracema em Mato Grosso do Sul. O balanço parcial foi divulgado nesta semana, pelo Comando Geral da Polícia Militar Ambiental (PMA). Segundo as estatísticas, de novembro até o dia ontem, os policiais militares ambientais haviam apreendido o total de 520 quilos de pescado por todo o Estado. O volume corresponde a uma redução se comparado ao ano anterior – na Piracema de 2008/2009, a PMA apreendeu 2.341 kg de pescado ao total -, o que foi visto como positivo pela PMA.
Em nota oficial, a corporação informou que, enquanto a quantidade de pescado apreendido reduziu, o número de pessoas presas aumentou. Na operação anterior, 81 pessoas foram presas em todos os meses do período de defeso.
Ainda segundo a PMA, em dois meses, foram apreendidos 2.062quilos de pescado por falta de declaração de estoque (cinco estabelecimentos foram autuados), 1.190 anzois de galho, 10 barcos, 26 carretilhas e molinetes, 35 caniços (varas de pesca), cinco canoas, 51 espinheis, seis caixas isotérmicas, dez motores de popa, 69 redes, 10 veículos e 37 tarrafas. No mesmo período, a PMA registrou 37 autos de infrações da Secretaria Estadual de Meio Ambiente.
A quantidade de petrechos de pesca apreendidos nestes dois meses permanece dentro da média de apreensão dos anos anteriores. A exceção é apenas para o número de anzois de galho apreendidos: superior à quantidade apreendida em toda a Piracema do ano anterior (1092 anzois).
Em Três Lagoas, a PMA ainda não concluiu o levantamento parcial da Piracema, mas em segundo as estatísticas gerais do 3º Pelotão, nos meses de novembro e dezembro foram registrados 14 autos de infrações gerais (todos os tipos de crimes ambientais) e 37 ocorrências em geral, sendo 20 em novembro e 17 em dezembro. No mês de novembro, também foram apreendidos: 167 anzois de galho, um motor de popa, um barco, 112 metros de rede, uma tarrafa e 75,5 quilos de pescado (várias espécies). Ainda conforme a corporação local, o mês de dezembro correu sem apreensões referentes à pesca ilegal.
A PMA alerta que as operações de combate à pesca durante o período de defeso. Em Três Lagoas, 21 policiais militares ambientais atuam para fiscalizar rios e estradas de seis municípios da região (Três Lagoas, Água Clara, Brasilândia, Selvíria, Inocência e Aparecida do Taboado). Entre os pontos priorizados pela corporação, está o rio Verde, único da região que conta com um posto fixo da PMA em funcionamento 24 horas.
Em nota, a PMA informou que a ordem do Comando Geral é para que todos os atuados sejam encaminhados à delegacia, presos em flagrantes. A pessoa deve responder por crime ambiental e, caso condenada, poderá pegar de um a três anos de detenção. A multa administrativa para casos de pesca no período de Piracema pode variar de R$ 700 a R$ 100 mil, com um acréscimo de R$ 20 por quilo de pescado irregular apreendido.
