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André destaca papel da Fiems na industrialização do MS

O relatório com o balanço do setor industrial no MS no ano passado foi entregue pelo presidente da Fiems

Ao receber nesta quarta-feira (20/01) o balanço consolidado do setor industrial em 2009, o governador André Puccinelli destacou o papel estratégico do Sistema Fiems no desenvolvimento industrial de Mato Grosso do Sul, que teve o seu PIB Industrial aumentado em 10,11% no ano passado em relação a 2008, o que, na prática, significa um incremento de R$ 475 milhões, elevando-se ao valor de R$ 4,7 bilhões. “Esses dados me deixam orgulhoso e agradecido porque revelam que o nosso Estado cada vez mais se industrializa graças à presença de empresários empreendedores, competentes e sérios”, disse.

O relatório com o balanço consolidado do setor industrial no Estado no ano passado foi entregue pelo presidente da Fiems, Sérgio Longen, acompanhado pelo vice-presidente Alonso do Nascimento, do presidente do Siams (Sindicato das Indústrias da Alimentação do Estado), Cláudio Mendonça, do presidente do Simemae (Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Estado), Irineu Milanesi, presidente do Sindifraf (Sindicato das Indústrias Gráficas do Estado), Altair Cruz, do presidente do Sindmad (Sindicato Intermunicipal das Indústrias de Móveis em Geral, Marcenarias Carpintarias, Serrarias, Tanoarias e Madeiras Compensadas), Juarez Falcão, do diretor da Fiems, Julião Gaúna, do diretor-regional do Senai, Jaime Verruck, da superintendente do Sesi, Maura Gabínio, do superintendente do IEL, Bergson Amarilla, da assessoria sindical do Sistema Fiems, Carol Palhares, entre outros.

André Puccinelli também ressaltou que o Governo do Estado tem participado ativamente desse desenvolvimento com a manutenção dos incentivos fiscais e tributários para o setor industrial. “Graças à conversa franca que temos com a Fiems, por meio do presidente Sérgio Longen, nós podemos verificar eventualmente a possibilidade concreta de modificar a política de incentivos e também a política de agregação de valor para diversificar a nossa economia”, completou, reforçando que o balanço da Fiems apontou a abertura de 6 mil novas vagas de trabalho pelo setor no Estado em 2009. “A isenção de impostos em troca da geração de empregos vale à pena, mas ela tem de ser setorizada, fomentada e induzida em parceria com o Sistema Fiems que realiza um belo papel nesse sentido”, lembrou.

O governador ainda fez questão de lembrar que neste ano, assim como nos próximos, a parceria entre Estado e setor industrial vai continuar, buscando incentivar o segmento da industrialização da carne, que foi o pioneiro e indutor desse desenvolvimento, assim como os segmentos sucroenergético, gráfico, construção civil, entre outros. “Vamos continuar parceiro, não por obrigação, mas porque temos uma visão de futuro que busca a industrialização do nosso Estado com a contribuição da iniciativa privada”, declarou, pontuando que onde há problemas o Estado procura solucionar para que junto com a Fiems possa resolvê-los quantas vezes forem necessárias.

Dados

O presidente da Fiems, Sérgio Longen, reforçou que os dados mostram que conseguimos superar a crise financeira graças ao esforço conjunto dos governos estadual e federal, além das articulações da CNI em nível nacional e da Fiems em âmbito estadual. Ele lembrou ainda que, para acompanhar o crescimento industrial e atender as demandas das empresas instaladas no Estado e que pretendem se instalar, o Sistema Fiems investiu R$ 45 milhões em educação básica e profissional, serviços tecnológicos, saúde, responsabilidade social, inovação, estágio, lazer e capacitação empresarial.

“O importante é que crescemos em mais de 332 empresas e hoje temos mais de 9 mil indústrias, que geraram quase 6 mil empregos no Estado no ano passado, enquanto em São Paulo, segundo a Fiesp, a criação de empregos caiu”, comparou Sérgio Longen, pontuando que são números muito interessantes e que contemplam vários segmentos industriais em diversos municípios do Estado. “É importante termos a indústria forte e as perspectivas para este ano são muito boas, pois temos projeções de crescimento de 11%, ou seja, os números indicam que estamos trabalhando em patamares estáveis e que o processo de industrialização do Estado é contínuo”, analisou.

Ele também ressaltou que os incentivos fiscais e tributários concedidos pelo Governo do Estado são importantes, mas não são as únicas ferramentas que fazem com que novas empresas venham para Mato Grosso do Sul. “Também precisamos oferecer outros diferenciais e é exatamente isso que o Sistema Fiems procura fazer por meio do Sesi, Senai e IEL”, informando que no ano passado o Sistema Fiems ofereceu educação básica e profissional, serviços tecnológicos, saúde, responsabilidade social, inovação, estágio, lazer e capacitação empresarial, totalizando 324.121 atendimentos e que beneficiaram 2.553 indústrias.

Ao longo do ano passado, o número de indústrias cresceu de 8.691 para 9.023, ou seja, 332 estabelecimentos a mais, enquanto a quantidade de empregos gerados pelo setor aumentou de 97,3 mil para 103 mil, o que representa a abertura de 5,7 mil novas vagas no período. O aumento do PIB Industrial em 10,11% significa um incremento de R$ 475 milhões em relação ao montante do ano de 2008, alcançando valor de R$ 4,7 bilhões no ano de 2009. “Pelo menos 50% desse incremento de R$ 475 milhões são provenientes dos segmentos emergentes, como o sucroenergético e papel e celulose”, analisou, lembrando que o segmento de alimentos e bebidas é o mais importante na formação do PIB Industrial, respondendo por 60%.

Destaques

O levantamento feito pelo Radar Industrial da Fiems ainda revela que o destaque do ano passado é para o desempenho do segmento sucroenergético, cuja expansão foi de 30,1% na produção canavieira, resultando no crescimento fabricação de açúcar e álcool em 25% e 31%, respectivamente. Esse crescimento foi provocado pela entrada em operação no ano passado de sete novas usinas, totalizando 21 plantas em pleno funcionamento em Mato Grosso do Sul.

Já o segmento de papel e celulose também se destacou no ano passado a partir do início das operações das plantas de celulose da Fibria – fruto da fusão da Votorantim Celulose e Papel e Aracruz Celulose – e de papel da IP (International Paper) em Três Lagoas. “Esses empreendimentos contribuíram com um valor estimado em torno de R$ 40 milhões ao PIB Industrial do Estado no ano de 2009”, destacou o presidente da Fiems, reforçando que para 2010 o PIB Industrial deve crescer 11,04%, atingindo o patamar de R$ 5,2 bilhões.

As exportações de produtos industrializados também estão satisfatórias, pois, enquanto no ano de 2008 a receita foi de US$ 1,3 bilhão, no ano passado esse montante fechou em US$ 1,2 bilhão, ou seja, queda de apenas 9,6% apesar da crise financeira mundial. Os destaques são para carnes e miudezas não processadas, açúcar e álcool, extrativa mineral e minerais não-metálicos, papel e celulose, couros e peles, óleos vegetais bruto e refinado, alimentos e bebidas, siderurgia, compensados de madeira, cimentos e fiação, têxtil, confecção e vestuário.

Apoio à produção

O presidente da Fiems destacou as ações do Sistema Indústria em prol do setor produtivo industrial realizadas no ano passado. Apenas o Sesi realizou no ano passado 288,8 mil atendimentos contra 277,4 mil no mesmo período de 2008, sendo 127 mil em ações na área de saúde, 81,6 mil na área de responsabilidade social, 71,2 mil na área de esporte e lazer e 8,8 mil em educação. “Não podemos deixar de citar a entrega de mais 11 bibliotecas da Indústria do Conhecimento do Sesi, totalizando 19 unidades inauguradas em 15 municípios nos 31 meses de gestão. E a realização da Meia-Maratona Internacional do Pantanal Volta das Nações que reuniu seis mil participantes na Capital”, lembrou Longen.

Já o Senai efetuou 20,8 mil atendimentos de janeiro a dezembro do ano passado, dos quais 5,8 mil foram de qualificação profissional básica, 3,7 mil de qualificação profissional técnica, 1,5 mil de aprendizagem industrial básica, 792 de habilitação profissional técnica, 5,4 mil de aperfeiçoamento profissional, 3,4 mil de serviços técnicos e tecnológicos e 41 de qualificação tecnológica. Na entidade, as principais ações do ano passado foram o fortalecimento da Rede LabSenai, a criação da FatecSenai, a realização da Olimpíada do Conhecimento, a entrega de unidades móveis de mecânica diesel e de automação industrial e a execução do projeto Colher na Massa, que qualificou mão-de-obra para o segmento da construção civil.

O IEL executou ações de capacitação empresarial, estágio, qualificação de fornecedores, desenvolvimento tecnológico e programa de cooperação industrial. Nos 12 meses do ano passado o Instituto colocou no mercado 5 mil estagiários, encaminhou 5,5 mil estudantes para as indústrias, atendeu 1,1 mil empresas conveniadas, atendeu 3,2 mil indústrias e 72 parceiros institucionais. Os destaques ficaram para a inauguração da nova sede da unidade de Três Lagoas e a conclusão da etapa qualidade do PQF.