O mercado brasileiro de ações continua a operar em terreno negativo na rodada de negócios desta sexta-feira. Bolsas americanas e europeias já operam com recuperação, absorvendo o impacto da decisão inesperada do banco central dos EUA revelada na noite de ontem. A taxa de câmbio doméstica bate R$ 1,80.
O Ibovespa, índice que reflete os preços das ações mais negociadas, cede 0,11%, aos 67.759 pontos. O giro financeiro é de R$ 2,23 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York sobe 0,24%. Na Europa, a Bolsa londrina ganha 0,40%.
O dólar comercial é vendido por R$ 1,807, em um declínio de 0,87%. A taxa de risco-país marca 207 pontos, número 0,48% acima da pontuação anterior.
Ontem à noite, o Federal Reserve elevou os juros da "taxa de redesconto", utilizada em empréstimos de emergência para bancos. A autoridade monetária dos EUA já havia sinalizado, desde a semana passada, pelo menos, que começaria a retirar os estímulos concedidos durante o auge da crise mundial. A alta dos juros básicos americanos é uma das preocupações permanentes do mercado financeiro, com efeitos diretos sobre as Bolsas de Valores e moedas. Hoje, os "fed funds" são mantidos numa banda entre zero e 0,25%.
Entre as principais notícias do dia, o CPI (Índice de Preços ao Consumidor, na sigla em inglês) teve uma variação de 0,2% em janeiro, segundo o Departamento de Trabalho dos EUA. O resultado ficou abaixo do esperado pelos analistas, que esperavam um aumento de 0,3%.
Ontem, o PPI (Índice de Preços ao Produtor, na sigla em inglês) apontou inflação de 1,4% para o mês passado, ante 0,4% em dezembro. Em janeiro, o núcleo desse índice –que exclui os preços de alimentos e energia- mostrou avanço de 0,3%, após a estabilidade vista no final de 2009.
No Brasil, a FGV apontou inflação de 1,10% em fevereiro, pela leitura do IGP-M (segunda estimativa prévia). Um mês antes, o mesmo índice registrou variação de 0,51%.
