O presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Ben Bernanke, afirmou ao Congresso, em discurso nesta quarta-feira (24), que o fraco mercado de trabalho e a inflação baixa vai obrigar a autoridade monetária a manter os juros "a níveis muito baixos" por um longo período.
Atualmente, a taxa de juros dos Estados Unidos está no patamar mais baixo da história, em um intervalo entre zero e 0,25% ao ano.
Na quinta-feira da semana passada, porém, o BC americano subiu a taxa de redesconto (usada para empréstimos de emergência concedidos aos bancos) de 0,5% para 0,75%, o que gerou comentários de que a taxa básica também poderia subir no curto prazo.
Desde o início da crise, a pior desde a Grande Depressão, o país já perdeu 8,4 milhões de empregos. O presidente do Fed disse que o corte de vagas no país está diminuindo, mas admitiu que a recessão ainda afeta as contas dos trabalhadores norte-americanos.
"Apesar dos sinais positivos, o mercado de trabalho continua bastante fraco", disse Bernanke aos congressistas. Ele disse também que o governo norte-americano continua preparado para dar "estímulos extraordinários" à economia por algum tempo.
Ele argumentou que o Fed possui uma série de ferramentas para tomar a decisão de retirar os estímulos à economia no momento certo. "O Federal Reserve irá, em algum momento, ter que começar a apertar as condições monetárias", disse.