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Otimismo dos investidores sustenta compras na Bovespa

Segundo nota divulgada pela Petrobras, o contrato com a Itaú envolve três apólices cobrindo US$ 49,7 milhões em prêmios e US$ 94,9 bilhões em bens assegurados

O movimento comprador segue dando a direção para o mercado acionário brasileiro na tarde desta segunda-feira. No mesmo sentido das bolsas americanas e europeias, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) registra alta na jornada, impulsionada pelo maior preço das commodities.

Por volta de 14h30, o Ibovespa avançava 1,57%, aos 69.758 pontos, com giro financeiro de R$ 3,07 bilhões.

Nos Estados Unidos, o melhor humor dos agentes também reflete novos sinais de retomada da economia.

O Departamento do Comércio revelou que houve um aumento de 0,3% do gasto do consumidor americano em fevereiro, enquanto a renda ficou estável. Em janeiro, depois de dados revisados, os gastos dos americanos cresceram 0,4%, enquanto a renda teve alta de 0,3%.

Em Wall Street, há pouco, o índice Dow Jones subia 0,41%, enquanto o Nasdaq avançava 0,37% e o S & P 500 tinha alta de 0,51%.

Na Europa, os investidores também elevaram as compras e geraram a valorização das bolsas, tendo em vista novidades sobre a Grécia e a melhora de um indicador de sentimento.

De acordo com pesquisa mensal da Comissão Europeia, a confiança do consumidor na economia aumentou 1,8 ponto na zona do euro, em março, totalizando 97,7. Já nos países da União Europeia, a alta foi de 2 pontos, aos 99,6.

Segundo a comissão, o indicador está agora próximo à sua média de longo prazo, mas ainda precisa avançar para que atinja o nível que era verificado antes da crise financeira.

Já a Grécia volta ao mercado internacional nesta segunda-feira com a emissão de bônus de sete anos denominados em euros. O objetivo do governo é levantar recursos para ajudar o país a sair de sua crise da dívida.

A venda é a primeira depois de líderes europeus acertarem uma fórmula para ajudar Atenas financeiramente, envolvendo o Fundo Monetário Internacional (FMI) e empréstimos de países da zona do euro.

No mercado brasileiro, refletindo o lançamento da segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), os papéis do setor de siderurgia e mineração se destacam na jornada.

O governo prevê investimentos da ordem de R$ 958,9 bilhões entre 2011 e 2014 em obras da segunda parte do PAC. Ainda há a estimativa de R$ 631,6 bilhões para depois de 2014, de forma que o PAC 2 lista novos investimentos totais da ordem de R$ 1,59 trilhão.

Há pouco, figuravam entre as maiores altas do dia, os papéis PNA da Usiminas, com ganhos de 4,11%, para R$ 59,14, e as ações Gerdau PN, com apreciação de 3,89%, a R$ 28,30. Além disso, os papéis ON da LLX Logística avançavam 4,37%, para R$ 8,58, e os PN da Brasil Telecom tinham alta de 3,51%, a R$ 11,78.

Com movimento de R$ 450,8 milhões, os papéis PN da Petrobras ainda avançam 1,59%, a R$ 35,05, enquanto as ações PNA da Vale, com giro de R$ 380,76 milhões, sobem 1,54%, a R$ 49,30. Além disso, os papéis PN do Itaú Unibanco giram R$ 117,7 milhões, com valorização de 1,56%, a R$ 38,19.

A Itaú Seguros, em parceria com as seguradoras Allianz e Mapfre, venceu a concorrência para fazer o seguro dos principais riscos da Petrobras. O resultado da concorrência entre as seguradoras interessadas, aberta em janeiro, foi anunciado na sexta-feira.

Segundo nota divulgada pela Petrobras, o contrato com a Itaú envolve três apólices cobrindo US$ 49,7 milhões em prêmios e US$ 94,9 bilhões em bens assegurados.

Também repercutindo o anúncio do PAC 2, embora de forma negativa, as ações de construtoras lideram as baixas do Ibovespa.

Há pouco, os papéis ON da MRV cediam 3,14%, a R$ 12,92, os ON da PDG caíam 2,93%, a R$ 15,86, enquanto os ON da Gafisa recuavam 2,51%, a R$ 12,39, e os ON da Cyrela perdiam 1,89%, a R$ 20,70.

Fora do Ibovespa, as ações da Açúcar Guarani sobem 2,69%, para R$ 4,96.

Matéria publicada na edição de hoje do Valor mostra que o grupo francês Tereos, dono da Açúcar Guarani, quarta maior empresa do setor sucroalcooleiro nacional, escolheu o Brasil para ser o centro financeiro de seu negócio.

A companhia trará seus ativos da Europa e da região do Oceano Índico – estimados em 1 bilhão de euros – para uni-los com a Guarani, numa operação que totaliza 1,7 bilhão de euros.

Será criada a Tereos International, que abrigará os ativos estrangeiros, com exceção da produção de açúcar de beterraba na França, e terá sede no Brasil. Essa companhia vai incorporar a Guarani.

Após a combinação, o grupo estuda fazer uma oferta de ações no Novo Mercado da BM & FBovespa junto com a listagem em Paris, na Euronext. O grupo Tereos não tem ações negociadas em bolsa. É a primeira multinacional que transforma o país em seu centro financeiro. A companhia no Brasil terá cerca de 80% de todos os ativos do grupo francês.

O objetivo, com a operação, é preparar a empresa para a consolidação do setor de açúcar e álcool, a partir do Brasil. A principal fonte de receita do negócio externo é o amido. A companhia é dona das marcas Syral, Benp Lillebone e De La Valle, produtora da vodca Grey Goose.