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Governo lança ações de apoio a pecuaristas da planície pantaneira

O Banco do Brasil vai financiar até R$ 200 mil por beneficiário, a juro de 6,75% ao ano

Parceria entre o governo do Estado e o Banco do Brasil vai destinar R$ 30 milhões para financiar a atividade de pecuária de corte na planície do Pantanal. O Protocolo de Intenções foi assinado hoje, com o objetivo de executar na região um programa de apoio financeiro para comercialização e remoção de bovinos na região sujeita a inundações periódicas. 

O projeto de apoio foi idealizado pela Secretaria de Estado da Produção, Indústria, Comércio e Turismo (Seprotur), em articulação com a Federação da Agricultura de Mato Grosso do Sul, e, na área de financiamento, conta com respaldo do Banco do Brasil. “Várias e várias vezes tivemos enchentes até maiores que essa, e nunca se fez nada. Agora, teremos a possibilidade de fazer a retenção de fêmeas para que depois retornem, e para que não se aviltem os preços ao produtor na época da enchente”, afirmou o governador. “São várias as motivações, mas principalmente fazer com que haja um financiamento para que esses produtores das áreas mais inundáveis, que emergencialmente tivessem que tirar o rebanho, pudessem ter um recurso para financiar pastagem, para não terem que vender na "hora da morte". E é importante também manter as fêmeas, para continuar a produzir”, completou.

O Banco do Brasil vai financiar até R$ 200 mil por beneficiário, a juro de 6,75% ao ano, com possibilidade de pagamento em parcela única ao final de dois anos. O dinheiro poderá ser utilizado por produtores de Mato Grosso do Sul que preencham os requisitos necessários à formalização das operações de crédito. Serão viabilizadas operações para financiar aquisição de bovinos para cria, recria ou engorda, comprados de produtores da região da planície pantaneira. A certificação dessa origem obrigatória será feita pela Agência de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro).  “O objetivo é minimizar os danos causados nessa região de enchentes. O banco vai oferecer recursos a juros baixos, e o governo do Estado vai certificar aquele gado passível de negociação. É uma maneira de ajudar na compra do gado do Pantanal e também na retenção de matrizes”, explica o superintendente do Banco do Brasil, Ricardo Lot.

O vice-presidente de Agronegócio do Branco do Brasil, Luis Carlos Guedes Pinto, veio a Campo Grande para assinar o Protocolo de Intenções com o governador André Puccinelli. Ele define a opção de financiamento como uma linha a mais de crédito, específica, para os produtores que têm animais em condições de colocar no mercado. “Basta se dirigirem ao Banco do Brasil. Se já forem clientes, vai agilizar o processo. Esse é um programa que foi elaborado em conjunto com a Secretaria da Produção, e ouvindo os produtores. É uma linha que se ajusta, nesse momento, às necessidades dos criadores, dos pecuaristas do Pantanal”, afirmou Guedes.

Para o presidente em exercício da Famasul, Eduardo Ridel, o auxílio de financiamento é fundamental porque o homem que vive e produz no Pantanal é o grande responsável pela conservação desse bioma. “Nada mais justo que o Banco do Brasil, com a interferência do governo do Estado, da Federação, promova esse apoio”.

 O apoio financeiro especial é uma das diversas ações que compõem o plano de auxílio idealizado pelo governo, por intermédio da Seprotur. Também serão feitas ações de continuidade na implementação da linha de financiamento do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO) para aquisições de matrizes bovinas em fase de procriação; concessão de crédito de custeio pecuário para possibilitar aos produtores da planície pantaneira a remoção de animais, em caráter provisório, para áreas não sujeitas a inundações; autorização temporária para a movimentação de animais financiados pelo sistema de “retenção de matrizes no pantanal” e acompanhamento sanitário do rebanho a ser removido para áreas não inundáveis.