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Brasil na liderança do mercado internacional do etanol

O Brasil é líder incontestável no contexto agroenergético internacional?, diz o Coordenador-Geral de Agroenergia

“Isso se deve ao desenvolvimento tecnológico promovido pelos pioneiros pesquisadores do País”, certifica o Coordenador, durante visita ao estande do Ministério na VII Ciência para a Vida, na sede da Embrapa em Brasília.

No caso do etanol, olhando o passado e vendo os desafios do futuro, não será diferente. “Temos muitos desafios”, ressalta. “Entre eles o etanol de 2ª geração e o desenvolvimento de processos mais eficientes. O Brasil tem diversas potencialidades energéticas da agricultura brasileira, seja através de fontes lipídicas ou de materiais celulósicos, biogás, biodiesel, ou bioquerosene”. Hoje, uma nova postura do Brasil no mundo é fundamentalmente para que o País desenvolva o mercado internacional, com qualidade, domínio tecnológico e principalmente em relação aos benefícios ambientais.

Para isso, aponta Ferreira, é essencial colocar a Embrapa na ponta do desenvolvimento da agroenergia nacional e internacional, impulsionando a produção tanto o etanol de 1ª quanto o de 2ª geração. As pesquisas com a cana-de-açúcar estão expostas no estande do MAPA, na Ciência para a Vida. Como destaques, plantas provenientes do trabalho de pesquisa da Embrapa Agroenergia para cana-de-açúcar tolerante à seca e um equipamento utilizado para a fermentação alcoólica do caldo de cana. Além de pesquisas, o estande mostra a evolução da cultura no Brasil, passando pela crise do petróleo na década de 70, e os produtos da cana-de-açúcar. Da cana se aproveita praticamente tudo: açúcar, álcool, leveduras seca, plástico biodegradável, bagaço, melados, tortas, resíduos de colheita e vinhaça. E nas usinas ainda se produz eletricidade a partir da queima do bagaço.

Do inicio até  os dias de hoje

No início, a cana-de-açúcar era cultivada somente para a produção de açúcar e a maior parte da produção era exportada para a Europa. As moendas eram de madeira com tração animal, onde a cana era esmagada para obtenção do caldo. Já no final do Século XVII, a produção de rapadura deu origem, também à produção de cachaça, que passou a ser exportada para Portugal e para a África. Essas etapas são mostradas por meio de imagens cedidas pela Fundação Joaquim Nabuco de Recife (PE).

Com o desenvolvimento de tecnologias ocorreram melhorias das condições de trabalho nas lavouras, no processamento da cana-de-açúcar e fabricação dos seus derivados. Além disso, as exigências dos mercados, nacional e estrangeiro, impõem melhor qualificação da mão-de-obra e diminuição dos impactos ambientais em todas as etapas da cadeia produtiva.

O uso de tecnologias para melhorar o gerenciamento da produção tanto na parte agrícola quanto na indústria e o aproveitamento do bagaço da cana para a geração de energia, estão no rol das inovações geradas. Pensando no futuro, pesquisadores brasileiros já estão trabalhando na utilização do bagaço da cana para fabricar etanol de 2ª geração, o que permitira ampliar em até 30% a produção de bicombustível em cada hectare cultivado.

Com os novos equipamentos utilizados durante todo o processo de produção a cana-de-açúcar se tornou para o Brasil e para o mundo uma das matérias-primas mais importantes no setor da agroenergia.