O desenvolvimento da Região Centro-Oeste e os investimentos necessários para verticalizar a produção agropecuária que mais cresce no País foram debatidos durante o 3º Fórum Estadão Regiões, realizado na manhã de ontem (4), em São Paulo. Mato Grosso do Sul esteve em pauta com a palestra da secretária Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias (Seprotur), que fez uma breve apresentação sobre a “Produção agropecuária no Brasil Central”.
A região, considerada um dos maiores celeiros do mundo, cresceu o dobro da média nacional nos últimos dez anos e já responde por 56% da produção brasileira de algodão, 46% da produção de soja e 27% da produção de milho, por exemplo. A participação do Centro-Oeste na produção global agrícola é de 14,1% para soja, 5,9% para o algodão e 3,4% para o milho.
Durante o evento, autoridades e especialistas debateram as perspectivas e oportunidades de desenvolvimento da região e os rumos do agronegócio. Estruturado entre dois painéis, o debate foi aberto pelo ex-ministro da Agricultura Reinhold Stephanes, que falou sobre políticas agrícolas compensatórias para uma infraestrutura deficiente. No mesmo painel participaram como debatedores Glauber Silveira (presidente da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso); Luiz Antônio Pagot (diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) e Luiz Antonio Fayet (Consultor).
Já o segundo painel foi aberto pelo ex-ministro da Agricultura Alysson Paulinelli, que abordou o processo de ocupação da região. O assunto foi debatido com palestras da senadora Kátia Abreu (presidente da Confederação Nacional da Agricultura); da secretária de Estado Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias (Secretaria de Desenvolvimento Agrário, Produção, Indústria, Comércio e Turismo de MS); secretário de Estado Pedro Nadaf (Secretaria de Indústria e Comércio de MT) e José Carlos Grubisich (presidente ETH).
A secretária Tereza Cristina ressaltou em sua palestra importantes pontos a serem superados para que o Centro-Oeste, e desse modo também o País, possa de fato tornar a agropecuária brasileira economicamente viável, socialmente justa e ambientalmente correta. “Nossa atividade é fundamental para a manutenção do PIB brasileiro, por isso precisamos de investimento na logística de transporte, capacitação intensiva de mão-de-obra, transferência de tecnologia, massificação do seguro agrícola, mudanças na política fiscal, crédito abundante e compatível com a atividade agrícola, além de corrigir a complexa legislação ambiental vigente”, destacou.
Como resultado do evento o jornal Estadão irá publicar nesta quinta-feira (6) um caderno especial sobre a presença da região Centro-Oeste no desenvolvimento do Brasil.
