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Coordenadora da Cppir/MS fala sobre cultura e educação no II Encontro Afro-Latino de pensadores

Na opinião da coordenadora da Cppir/MS, cultura e educação caminham juntas

 A temática “Cultura e Educação” será apresentada pela coordenadora estadual de Políticas para a Promoção da Igualdade Racial de Mato Grosso do Sul (Cppir), Raimunda Luzia de Brito, no II Encontro Afrolatino de Pensadores, em Salvador (BA). Segundo os organizadores, o encontro pretende colocar na pauta a reflexão sobre as políticas públicas de ações afirmativas para a igualdade racial. “Como pesquisadora e também para Cppir, o evento será muito importante, porque vai proporcionar uma aproximação com os pensadores afros latinos americanos”.

O II Encontro Afro-Latino está sendo organizado pela Fundação Cultural Palmares, vinculada ao Ministério da Cultura. O Encontro acontecerá entre os dias 25 a 28 de maio em Salvador (BA). Segundo a fundação, o evento é um compromisso assumido em 2008, na primeira edição do encontro, em Cartagena, na Colômbia, e reunirá 20 ministros de cultura da América Latina, além de organismos internacionais como a Organização dos Países Iberoamericanos (OEI), Unesco e Organização Internacional para as Migrações. Tem por objetivo avançar na discussão e elaborar uma Agenda Afrodescendente nas Américas que contemple políticas públicas de ações afirmativas para a igualdade racial, por meio de projetos e propostas de cooperação entre os 20 países envolvidos no empreendimento.

“Um evento como este é muito bom porque a gente (o Estado) está começando a ter visibilidade no Brasil. Normalmente Mato Grosso do Sul não tem visibilidade. Estou feliz por ter sido lembrada e poder estar discutindo cultura e educação no progresso da população afrodescendente da América Latina”, disse Raimunda.

Cultura e educação

Na opinião da coordenadora da Cppir/MS, cultura e educação caminham juntas. “Não dá para discutir cultura hoje e educação amanhã. Eu tenho que discutir os dois juntos! Porque tudo que o homem faz é cultura. E educação é tudo que o homem faz a partir do aprendizado. Então a gente junta essas duas linhas de pensamentos”, explica Raimunda.

Quanto à aplicação das leis 10.639/2003 e 11.645/2008 (que tratam da educação cultural e racial do Brasil), ela comenta que, no Estado de Mato Grosso do Sul, a lei está sendo implantada timidamente. “Entendo que a gente tenha que fazer um trabalho de base, ou seja, uma ação afirmativa a partir da criança, desde a gravidez da mãe até o ensino médio. De acordo com a educadora, ainda ocorre muita discriminação nas escolas. Ela finaliza lembrando que “a lei foi feita para ser cumprida”.