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Como a mulher pode se aprimorar no trabalho

O que dá vantagem para as mulheres, no contexto atual, é que temos mais facilidade de prestar atenção às emoções

As mulheres estão no centro das atenções nas empresas, escolas, no mercado em geral. Estamos conquistando maior espaço porque o mundo está mudando. O crescimento das oportunidades para a liderança feminina tornou-se pauta constante nas organizações e nos seminários.

No dia 15 de maio último foi realizado um workshop com o tema “Desenvolvimento da liderança feminina”. O encontro foi conduzido pela Dra. Antoinette Rouegg. De nacionalidade suíça e bióloga de formação, ela é reconhecida como especialista internacional em educação continuada e liderança.

De maneira bastante didática, a Dra. Antoinette demonstrou através da biologia a diferença de papéis e comportamentos – entre machos e fêmeas no mundo animal – comparando com os comportamentos observados entre homens e mulheres na nossa sociedade.

Ela começou destacando que a reprodução é a tarefa mais importante de todo ser vivente, e cita como exemplo o processo de fertilização e reprodução dos peixes, onde machos e fêmeas realizam tarefas diferentes e obtêm resultados também diversos.

O macho se compromete com a distribuição de espermas o máximo possível e trabalha para vencer a forte competição que enfrenta. Já a fêmea está envolvida na gravidez, no nascimento, na amamentação e com os cuidados dos seus descendentes por 12 anos (até atingirem a maturidade sexual).

Fazendo uma comparação simples, somos levados a refletir sobre o perfil de gênero, as diferenças de comportamentos, das emoções e dos modelos de liderança exercidos por homens e mulheres. Os homens, de maneira geral, são mais competitivos, estão acostumados a marcar território, são mais impositivos. E a maioria deles se sente mais confortável utilizando a inteligência intelectual –mais racional – preferindo o preto no branco e, muitas vezes, ignorando ou suprimindo as emoções no ambiente de trabalho.

O que dá vantagem para as mulheres, no contexto atual, é que temos mais facilidade de prestar atenção às emoções, somos mais colaborativas, fazemos com naturalidade críticas construtivas, e nos importamos em criar uma boa atmosfera de trabalho, apoiando e encorajando o outro. Gostamos de “cuidar” do que nos rodeia.

A mulher, por essas características, possui o perfil de liderança mais desejado pelo mundo dos negócios, e precisa aproveitar, ainda melhor, esses talentos. Para a professora Antoinette, a mulher deve desenvolvê-los de maneira a lapidar seu “real comportamento profissional e de liderança”.

O que ela destaca como crítica construtiva, no contexto empresarial, é a necessidade de todo líder usar suas habilidades para tomar decisões. E aí ela explica: “a mulher costuma olhar demais para os detalhes e é mais lenta na tomada de decisões. O que impacta na vida profissional dela”.

Como recomendação prática defende a busca de aprendizagem contínua em dois campos distintos: o intelectual e o emocional. No campo da aprendizagem intelectual, o foco se concentra na elaboração dos pensamentos, na combinação de informações, ativando o lado esquerdo do cérebro- E as oportunidades estão nas escolas, em cursos, universidades.

No campo da aprendizagem emocional, ela indica os meios para aprimorar a área dos sentimentos. ”Os exercícios nesse caso acontecem através das experiências individuais, vividas pela pessoa. A prática do network, a participação em clubes, ONGS, associações de todo tipo são ricos ambientes para desenvolver esse tipo de experiências, onde você lida com múltiplas personalidades, culturas, religiões, profissões, com uma dinâmica de grupo própria, que permite o erro e acerto – e tudo isso ajuda muito a estabelecer contato com as nossas emoções, tomar iniciativas e liderar em frentes diversas – o que significa grande contribuição para desenvolver o autoconhecimento”.