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Empresário que planejou matar o filho é colocado em liberdade

O crime foi arquitetado, segundo investigação da polícia, por causa de um prêmio de Mega-Sena

O empresário de Mato Grosso, Francisco Serafim de Barros, preso desde quinta-feira (27), foi liberado do Grupo Armado de Repressão a Roubos, Assaltos e Sequestros (Garras). Em depoimento prestado à Polícia Civil de Campo Grande, ele negou que tenha encomendado a morte do filho, Fábio Leão de Barros.

A prazo da prisão venceria na terça-feira mas, o delegado Ivan Barreira, responsável pela investigação, avalia que não há dúvidas sobre o caso e, por isso, não haveria motivo para manutenção da detenção. Francisco Barros e outros três homens, detidos em Mato Grosso do Sul, foram liberados.

Francisco Barros também negou que tivesse contratado pistoleiros, desmentindo a versão de um dos presos pelo caso, que afirmou que receberia R$ 2 mil pelo serviço. O empresário foi detido em Cuiabá (MT), na quinta-feira (27), a pedido da Justiça de Bandeirantes e transferido para o Garras.

O crime foi arquitetado, segundo investigação da polícia, por causa de um prêmio de Mega-Sena que Fábio Barros ganhou em 2006. Os R$ 28 milhões foram depositados na conta do pai e, há dois anos, Fábio pediu para que os bens comprados com o dinheiro da loteria fossem repassados para o nome dele, o que começou a briga familiar.

Além do empresário, também foi preso o outro filho dele, Fabiano Leão de Barros, que também teria envolvido no plano. Fabiano também se declarou inocente. Na casa dele, em Cuiabá, a polícia encontrou armas e munição, o que caracteriza flagrante de porte ilegal de arma. Os dois foram presos após a prisão de dois homens em Bandeirantes, que seriam pistoleiros e disseram que foram contratados. À polícia, um deles disse que era para "arranjar um homem de coragem para resolver um problema em Campo Grande”, onde Fábio Barros seria assassinado. Fabiano continua preso por conta do flagrante da arma.

O delegado titular do Garras, Ivan Barreira, considera o caso esclarecido. O empresário, o filho e os três pistoleiros serão indiciados por formação de quadrilha e bando armado. O indicamento por tentativa de homicídio ainda está sendo avaliado, pois há dúvidas de como seria o enquadramento jurídico, já que o caso foi descoberto ainda durante o plano.