A Polícia Federal (PF) prendeu em flagrante sete dirigentes de sindicatos de trabalhadores da construção civil de municípios do interior do Estado sob a acusação de extorsão e formação de quadrilha. A prisão ocorreu na sexta-feira (25), em Campo Grande, mas foi divulgada somente nesta quarta (30), pela Superintendência Polícia Federal em Mato Grosso do Sul. Entre os presos está o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Três Lagoas.
Segundo a PF, J.P. da S., S.F.B., J.A. de S., O.C.D., A.M. da S., C.G.de M. e A.C.E., que dirigiam os sindicatos dos trabalhadores da construção civil nos municípios de Três Lagoas, Costa Rica, Jardim, Guia Lopes da Laguna e Bonito, Naviraí e Dourados e também eram membros da diretoria da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário do Estado (Fetricom/MS), foram presos em flagrante após extorquirem R$ 10 mil do presidente, W.S.da S., e do tesoureiro da entidade, A.L.
A diretoria presidida por W.S.da S. tomou posse na Federação há pouco mais de dois meses, em 26 de março deste ano. Conforme a PF, os sindicalistas do interior do Estado estavam pressionando o presidente e o tesoureiro para repassar a eles R$ 10 mil, para ser dividido entre o grupo, sob ameaça, em caso de negativa, de terem a atuação na entidade dificultada.
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O presidente e o tesoureito da Fetricom fizeram então uma denúncia sobre a tentativa de extorsão a Superintendência Estadual do Ministério do Trabalho e Emprego que, por sua vez, acionou a Polícia Federal, que preparou o registro da entrega do dinheiro ao grupo, tirando cópias das notas que seriam entregues aos sindicalistas do interior e gravando a reunião que foi realizada na sede da entidade, em Campo Grande.
Terminada a reunião em que os dois dirigentes da Fetricom fizeram a entrega do dinheiro aos sindicalistas do interior, que foi imediatamente rateado, os policiais federais fizeram a prisão, em flagrante do grupo.
Após a prisão foram encaminhados para a carceragem da Polícia Federal em Campo Grande, onde permaneceram até segunda-feira (28), quando foram transferidos para um presídio da Capital.
