A situação do goleiro Bruno que, por enquanto ainda pertence ao Flamengo, se complica a cada dia. Ontem o atleta, principal suspeito do desaparecimento da ex-amante Eliza Samudio, de 25 anos, além de Luiz Henrique Ferreira Romão, o “Macarrão”, e o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como “Bola”, foram levado do presídio onde estavam para o Departamento de Investigações de Lagoinhas, no Noroeste de Belo Horizonte.
A intenção era realizar exames de DNA nos envolvidos. O resultado seria usado para comparar com o sangue encontrado no carro do goleiro. No entanto, os exames não foram realizados. Segundo informou a polícia mineira, os advogados orientaram os clientes a recusar a exame. Ainda segundo a polícia, eles não são obrigados a fazerem o exame.
Para o delegado que cuida do caso, a intenção é de atrasar as investigações. Edson Moreira foi taxativo nas declarações à imprensa. “Nós íamos pedir o exame de DNA para saber do sangue do carro, mas os advogados orientaram para que eles não cederem o material. Ninguém é obrigado a fornecer provas contra si mesmo e eles estão orientandos a não ceder o material. Isso só vai retardar. Nós ainda podemos prorrogar a prisão deles por mais 30 dias. A paciência é uma virtude”, comentou.
Segundo Moreira, não há data definida para o depoimento de Bruno. “Devido ao tumulto, resolvemos não interrogá-lo. Temos agora 30 dias, a contar da prisão”, disse.
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JUSTA CAUSA
A comissão jurídica criada pelo Flamengo definiu na noite de quinta que irá pedir a rescisão do contrato por justa causa. A situação seria levada ontem até a presidente Patricia Amorim, que terá a opção de manter a suspensão atual de contrato ou optar pelo parecer da comissão jurídica.
Segundo os membros da comissão, a incontinência de conduta do jogador denegriu a imagem do clube. Sendo assim, será necessário preservar o patrimônio total do Flamengo e dar uma satisfação à sociedade.
