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Apicultores têm linha de crédito especial do Banco da Gente

A linha de crédito especial para produtores de mel oferece empréstimos de até R$ 6 mil, com juros de 1% ao mês

A diversificação da economia de Mato Grosso do Sul com a ampliação das atividades produtivas tem incentivo do governo estadual, que disponibiliza por meio do Banco da Gente, empréstimo bancário para apicultores do Estado. Esta tarde técnicos da instituição financeira realizam palestra, em Corumbá, no seminário promovido pela Federação de Apicultura e Meliponicultura de Mato Grosso do Sul (FEAMS), para divulgação da linha de crédito voltada ao setor apícola. O evento é gratuito e será realizado na unidade regional do o Sebrae das 14h às 17h.

A linha de crédito especial para produtores de mel oferece empréstimos de até R$ 6 mil, com juros de 1% ao mês, prazo de 24 meses para pagamento e carência de 12 meses. Os recursos podem ser aplicados como capital de giro ou investimento fixo.

Para contrair o crédito é necessário que o apicultor esteja cadastrado em alguma associação de classe. As entidades interessadas em estabelecer parceria com o Banco da Gente devem procurar a sede ou filiais da instituição.

Criadores de abelhas ligados à Associação Leste Pantaneira de Apicultura (Alespana), com abrangência nos municípios de Aquidauana, Piraputanga, Camisão e Palmeiras já requisitaram empréstimo da instituição financeira.

Além dos produtores da região de Aquidauana, os apicultores do Bolsão também apresentaram interesse em expandir os negócios. A proposta de fomento da criação de abelhas em maior escala começou a ser discutida no segundo semestre do ano passado com produtores de Cassilândia, Chapadão do Sul, Brasilândia e Três Lagoas.

A região possui 86 criadores que produzem aproximadamente 132 mil quilos de mel por ano. A maior parte do alimento produzido é comercializada em Mato Grosso do Sul pela falta do Selo de Inspeção Municipal (SIM), Estadual (SIE) e Federal (SIF), que impede a venda para outros estados e para órgãos federais, como a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que compra mel e outros produtos alimentícios para revenda e doação às entidades assistenciais, escolas, asilos e hospitais.

Comprador

Além da necessidade de ter o selo para vender o produto para a Conab, o apicultor deve fazer parte do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) -do governo Federal- e possuir a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP).

De acordo com Samuel Alves, técnico de operações da Conab em Mato Grosso do Sul, o órgão compra anualmente até R$ 4,5 mil reais em produto por família. Samuel explica que os preços variam de acordo com a região produtora, pois depende do mercado consumidor e os custos operacionais.

Para que o produtor possa realizar a venda à companhia de abastecimento é preciso que seja feito um projeto por meio da associação dos produtores e a Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer) do Estado.