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Dólar fecha o dia com leve valorização de 0,45%, negociado a R$ 1,772

No mês, o dólar tem queda de 1,77% e, no ano, alta de 1,66%.

O dólar fechou em alta frente ao real nesta quinta-feira (15/07), em uma sessão de forte volume, seguindo a volatilidade do mercado global após dados decepcionantes sobre o crescimento econômico dos Estados Unidos e da China. A moeda americana fechou em alta de 0,45%, a R$ 1,772. No mês, o dólar tem queda de 1,77% e, no ano, alta de 1,66%.

O contínuo aumento das posições vendidas em moeda estrangeira no mercado brasileiro contribuiu para aumentar a instabilidade, com investidores de sobreaviso para a necessidade de cobertura de bilhões de dólares em vendas já efetuadas. Dados parciais da clearing (câmara de compensação) da BM&FBovespa indicavam um volume de quase US$ 5 bilhões no mercado à vista a poucos minutos do fechamento.

Enquanto o mercado local fechava, as bolsas de valores americanas caíam cerca de 0,8% e outros indicadores de aversão a risco, como o índice VIX de volatilidade, oscilavam com vigor. O mau humor do mercado era em repercussão ao crescimento menor que o esperado da China no segundo trimestre, de 10,3%, e a sinais de uma recuperação fraca nos Estados Unidos, com o terceiro mês seguido de deflação no atacado.

Dados da BM&FBovespa indicaram que, na quarta-feira, os investidores não-residentes aumentaram as posições vendidas em dólares para cerca de US$ 6 bilhões, no maior montante nesse sentido desde julho de 2008, antes do agravamento da crise global e quando a taxa de câmbio estava abaixo de R$ 1,60. Além disso, os bancos continuam a sustentar cerca de US$ 9 bilhões em posições vendidas no mercado à vista.

Com o volume expressivo de posições vendidas no mercado à vista e no mercado futuro, as taxas de juros locais de curto prazo em dólares continuam a subir na BM&FBovespa, atingindo 2,25% no vencimento mais curto. Para analistas do JPMorgan, esse pode ser um sinal para o Banco Central voltar a vender contratos de swap reverso.