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Macarrão silencia e advogado reclama da investigação

Foram divulgadas imagens exclusivas em que o goleiro Bruno aparece falando informalmente sobre o desaparecimento da ex-amante

Depois de um depoimento, que durou aproximadamente dez horas, no qual Luiz Henrique Romão (o Macarrão) não fez nenhuma declaração sobre o caso de desaparecimento de Eliza Samudio, o acusado foi levado para o Instituto Médico Legal (IML), no bairro Gameleira, região oeste de Belo Horizonte, para fazer o exame de corpo delito. Macarrão deve voltar para o Departamento de Investigações, Homicídios e Proteção à Pessoa (DIHPP) antes de ser levado por grupamento de escolta à penitenciária de seguranca máxima Nelson Hungria.

Na saída do DIHPP, por volta de 12h, o advogado de Macarrão, Ércio Quaresma, revelou o nome do delegado que teria dado um tapa no peito de macarrão no início do depoimento. Segundo ele, a agressão deixou um hematoma em seu cliente. A polícia civil, por meio de sua assessoria, negou a denúncia. O delegado que teria agredido Macarrão é, segundo Quaresma, o marido da delegada Alessandra Wilke (afastada por causa da divulgação de um vídeo de Bruno falando sobre o caso), Julio Wilke.

O advogado informou que Bruno, que saiu mais cedo, e Macarrão não responderam a qualquer pergunta sobre o caso e sobre o vídeo exibido no programa Fantástico. Foram divulgadas imagens exclusivas em que o goleiro Bruno aparece falando informalmente sobre o desaparecimento da ex-amante, Eliza Samudio. Eles estavam no voo que levou o jogador do Rio de Janeiro a Minas Gerais.

"É inadmissível o que a conteceu dentro do avião. Isso é coisa de polícia do século XIX, e nós estamos no século XXI. Isso (a gravação e divulgação das imagens sem que Bruno soubesse) pode ser prejudicial para a própria polícia", afirmou o advogado. Quaresma reclamou, ainda, da suposta pressão da polícia sobre os clientes. Diante das reclamações dos advogados, a OAB/MG nomeou um representante para acompanhar o caso.

Os quatro agentes da Polícia Civil de Minas Gerais que estavam sendo ouvidos pela corregedoria sobre o vídeo de Bruno no avião saíram pelos fundos da delegacia, segundo o advogado.