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Endividamento acelerado faz crescer risco de calote

O pior dado da pesquisa foi registrado nos meses de julho a setembro de 2009

O brasileiro pediu muito dinheiro emprestado, sem ter um aumento na renda na mesma proporção e o comércio já começa a ver a possibilidade de calote no pagamento das dívidas. É o que mostra o indicador de qualidade de crédito, divulgado nesta segunda-feira (26) pela Serasa Experian.

No segundo trimestre de 2010, que compreende aos meses de abril a junho, o índice recuou 0,3%, atingindo o valor de 80,3 pontos, enquanto na medição anterior (de janeiro a março) estava em 80,5 – nível mais alto desde o segundo trimestre de 2008.  A escala, que vai de zero a 100, mostra que quanto maior o nível do indicador, melhor a qualidade de crédito do consumidor.

Ou seja, apesar da capacidade de pagamento ainda estar em alta, o excesso de prestações nas compras à prazo já diminui levemente as chances de consumidor honrar as dívidas.

"Tal evolução do endividamento não foi acompanhada, na mesma proporção, pelos aumentos na renda. Este fato contribuiu para o aumento do risco de calote", é o que diz o comunicado da Serasa.

O índice ainda permanece em nível superior ao observado nos meses imediatamente anteriores à a crise financeira internacional. O pior dado da pesquisa foi registrado nos meses de julho a setembro de 2009 (79,5 pontos).