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Com ajuste antes de dados dos EUA, dólar fecha em alta

No começo do dia, a taxa de câmbio chegou a cair 0,7%, a R$ 1,670, para venda

O dólar fechou em alta nesta quinta-feira, invertendo a tendência da manhã diante da cautela dos investidores às vésperas de um importante relatório sobre a economia dos Estados Unidos. A moeda americana subiu 0,24% a R$ 1,686. No começo do dia, a taxa de câmbio chegou a cair 0,7%, a R$ 1,670, para venda.

No exterior, o euro caía 0,14% às 16h30, após ter superado US$ 1,40 pela primeira vez desde fevereiro. Em relação a uma cesta com as principais divisas, incluindo o iene e a libra, o dólar tinha alta de 0,1% depois de ter caído mais de 6% em um mês.

De acordo com operadores, o dólar sofreu ajustes após ter caído com a expectativa de que o Federal Reserve forneça mais estímulos à economia dos Estados Unidos. Os investidores terão a sexta-feira para avaliar melhor a probabilidade de que os incentivos se confirmem, quando o governo americano divulgará o relatório de emprego de setembro.

"E ainda começa a se aproximar o feriado. O mercado começa a zerar um pouco", disse José Carlos Amado, operador de câmbio da corretora Renascença, em referência ao dia de Nossa Senhora Aparecida, na terça-feira, e ao Columbus Day, nos Estados Unidos, na segunda-feira, que fecha parcialmente o mercado.

O volume de operações foi menor que nos últimos dias. De acordo com dados da clearing (câmara de compensação) da BM&FBovespa, foram registrados até pouco antes do fechamento US$ 1,8 bilhão em negócios, ante média de US$ 3,5 bilhões no restante do mês.

No exterior, a recente queda do dólar continuou a ser tema dos principais fóruns econômicos. O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, disse antes das reuniões do Fundo e do G7 que não é bom para a economia global que muitos países considerem o câmbio como uma arma, mas recusou que haja uma "guerra cambial".

A China, com o iuan praticamente atrelado ao dólar, é um dos principais alvos de críticas. Entre os países com câmbio flutuante, o Brasil tem um sido um dos países mais atuantes contra a queda do dólar, tendo elevado o imposto sobre capital estrangeiro em renda fixa e autorizado mais compras do Tesouro no mercado à vista nesta semana.