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Perito da defesa de Bruno diz que crime teria sido omissão de socorro

Depoimentos dizem que coronhadas desferidas na cabeça de Eliza provocaram uma lesão onde era possível ver parte da massa encefálica

O médico-legista alagoano George Sanguinetti, contratado pela defesa dos suspeitos de matar Eliza Samudio, minimizou a participação de acusados na suposta morte da modelo, ao afirmar, em entrevista ao R7, que eles teriam praticado o crime de omissão de socorro, segundo os depoimentos. Sanguinetti afirma que os depoimentos dizem que a ex-amante do goleiro Bruno Fernandes foi levada com lesão grave na cabeça ao sítio do goleiro em vez de ter sido levada a um hospital.

A conclusão faz parte de laudo paralelo que deve ser divulgado nesta quinta-feira (21) pelo médico-legista em Maceió. As análises foram realizadas em laboratórios da Universidade Federal de Alagoas sob a supervisão de Sanguinetti. Ele também aponta falhas da perícia.

Depoimentos dizem que coronhadas desferidas na cabeça de Eliza provocaram uma lesão onde era possível ver parte da massa encefálica da vítima. Omissão de socorro é crime previsto no artigo 135 do Código Penal. A pena é de seis meses a um ano de prisão, prazo que geralmente é substituído por prestação de serviço para a comunidade.

De acordo com Sanguinetti, a polícia usou de "artifícios" para incriminar os acusados. Ele disse ter analisado locais onde teriam acontecido pontos-chave do suposto crime, como o sítio do goleiro Bruno e a residência do ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, onde a polícia aponta que Eliza morreu, em Vespasiano, na região metropolitana de Belo Horizonte.